Mulher sofre racismo junto com a filha enquanto andava de ônibus

A bailarina Sílvia Alves fez o relato nas redes sociais sobre o constrangimento que passou; veja a história da mulher que sofreu racismo dentro do ônibus

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Mulher sofre racismo com a filha quando usava ônibus

Reprodução/Facebook

Na tarde do dia 16 de maio, a bailarina e produtora cultural Sílvia Alves passou por uma situação que não deseja a ninguém. Mãe da pequena Nina, ela foi vítima de racismo quando utilizava o transporte público na cidade de Natal. Tudo começou quando uma pessoa ofereceu a ela dinheiro, achando que a moça estaria passando por dificuldades.

“Eu estava esperando o ônibus com a minha filha, quando percebi, uma mulher estava me oferecendo moedas. Eu perguntei: “O que é isso?” Ela disse: “Uns trocados pra você comprar alguma coisa pra sua filha”. Fiquei sem ação e apenas respondi: “Obrigada, mas eu não preciso. ” Ela: “Você não quer? ” Eu: “Não! ” Até que finalmente se afastou não acreditando que eu tinha recusado as moedas”, escreveu Sílvia nas redes sociais. Mas o preconceito não acabou aí.

No dia seguinte, novamente ela passou por uma situação ainda mais constrangedora. Confira o relato:

“No dia seguinte, saí novamente com Nina, minha filha. Eu ando com Nina envolvida em um tecido, muitos conhecem esse tecido como Sling, e sempre para entrar no ônibus eu peço pra abrir a porta traseira, pois com Nina no tecido não tem como passar pela roleta. Desta forma eu entro, me dirijo até o motorista, pago a passagem e movo a roleta com as mãos. Normal. O ônibus parou, e o motorista me disse que não ia abrir a porta traseira, disse que não podia, que as câmeras estavam filmando. Eu respondi: ‘Mas como assim? Todos os motoristas fazem isso pra mim?’ Ele respondeu: ‘Mas eu não faço!’. Fiquei atônita, imaginei ficando sozinha com minha filha na parada, sem ter como ir para casa. Uma mulher gritou: “Motorista ela está com uma criança!’. Alguém dentro do ônibus gritou ‘Motorista ela vai pagar!’ Quando ele ouviu isso, finalmente disse: ‘Ok, eu vou abrir, pode ir lá'”, contou.

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“Reflitam, se fôssemos brancas, loiras, essas duas situações iriam acontecer? Porque aquela mulher achou que eu precisava de moedas pra comprar ‘alguma coisa’ pra minha filha? Por que o motorista achou que eu não iria pagar a passagem? Por que outro dia a moça da farmácia me perguntou com cara de nojo ‘Você está deixando o cabelo da sua filha igual o seu? ‘. Ah, o racismo não existe no Brasil né… nós vemos racismo em tudo. Sim! Realmente o racismo está em tudo! No comportamento das pessoas, nos olhares, nos discursos torpes, no sistema de educação, nos padrões de beleza, está na história desse país…sim, está em tudo! Procurar entender e saber mais sobre as questões raciais é importante, enaltecer a identidade e ancestralidade negra muito mais ainda!”, finalizou Silvinha.

Texto: Thamires Motta 

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