Agenor de Miranda Araújo Neto, mais conhecido como Cazuza, faleceu no dia 07 de julho de 1990, há exatos 26 anos. Importante cantor e compositor da história da MPB, Cazuza deixou uma legião de fãs e uma obra musical que é considerada um dos maiores patrimônios da cultura brasileira.
De sorriso fácil, olhar debochado, observador crítico e romântico, Cazuza impressionou o Brasil nos anos 80 e ainda encanta, tocando o coração de milhares de pessoas. Para comprovar que o tempo não para, listamos 9 curiosidades sobre Cazuza para aliviarmos a saudade e mostrar que sua obra permanece viva até hoje.
Cazuza sempre teve a música como parte de sua vida
Ele era filho de João Araújo, empresário e fundador da gravadora Som Livre. João foi responsável por artistas como Djavan, Nara Leão, Gilberto Gil e Gal Costa, portanto desde sempre Cazuza viveu em um ambiente artístico e musical. O menino, que posteriormente viraria cantor, cresceu em um lugar cheio de influências que mais tarde fariam a diferença em sua própria carreira.
Fonte: Cazuza.com.br
Ele odiava seu nome de batismo
Cazuza não gostava de ser chamado por Agenor, sempre preferiu os apelidos Cazuza e Caju, como sua família carinhosamente o chamava. Ele apenas começou a ter afeição pelo nome após descobrir que o cantor Cartola se chamava Angenor, que é parecido com o real nome de Cazuza, e ele via isso como uma homenagem.
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A banda Barão Vermelho surgiu após seus integrantes irem ao show do Queen
Fonte: Cazuza.com.br
Os fundadores do Barão Vermelho, banda que Cazuza fez parte até seguir sua carreira solo, foram a um show do Queen no Brasil e ficaram muito inspirados para montar um grupo nos moldes da banda liderada por Freddie Mercury. Roberto Frejat, que viria a ser um dos melhores amigos de Cazuza depois, convidou-o para fazer um teste e entrar na banda. Nem precisamos dizer que o Rock nacional agradece por esse dia, né?
O cantor Ney Matogrosso ajudou a lançar Cazuza
Ney era um dos artistas mais tocados na década de 80 e, em 1983, regravou e colocou em seu repertório de shows a música do Barão Vermelho, Pro Dia Nascer Feliz. Depois disso a banda ficou conhecida no Brasil inteiro.
Cazuza é ariano
O cantor acreditava muito na força dos astros na sua vida e sempre se identificou com seu signo solar, áries. Ele era muito impulsivo e cabeça quente, costumava se apresentar como “Exagerado”, assim como sua música diz, e, em uma entrevista feita em 1986, ele resumiu como é ser desse signo: “sou ariano. E ariano não pede licença, entra, arromba a porta.”
Além de compor, Cazuza também escrevia poemas
Cazuza possuía inúmeros talentos artísticos além da música. Ele era um ótimo fotógrafo e também arriscava como escritor. Entre uma composição e outra o cantor escrevia poemas sobre variados assuntos, mas principalmente sobre a vida cotidiana.
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Ele já estrelou um filme
Caju também tinha um dom para a sétima arte. Além de ser apaixonado por cinema, ele já estudou atuação para o teatro e para filmes. Em 1984, ele estrelou o filme Bete Balanço, com Débora Bloch como protagonista. A canção de mesmo nome foi feita exclusivamente para a trilha sonora do filme.
Cazuza era extremamente politizado
Ele se interessava muito por ciências sociais e políticas e já fez várias demonstrações públicas sobre suas convicções acerca da época em que viveu. Um episódio marcante foi no Rock in Rio de 1985, onde ele cuspiu na bandeira do Brasil. Mais tarde, em entrevista ao programa do Jô, ele justificou o ato como uma crítica para o povo brasileiro.
Sua mãe, Lucinha Araújo, fundou a “Sociedade Viva Cazuza”
Cazuza faleceu devido a um choque séptico causado em decorrência da AIDS, doença que era tratada como um tabu na época, mas que o cantor falava abertamente, para ajudar em sua conscientização e divulgação. Após a morte de Caju, Lucinha Araújo fundou a ONG “Sociedade Viva Cazuza” que é mantida com os direitos autoriais da obra de Cazuza, além de auxílios governamentais, dedicada a tratar e acompanhar crianças e adolescentes portadoras do vírus HIV.
Cazuza nos deixou há 26 anos com muitas saudades, mas sua obra e ensinamentos estão vivos até hoje. Em seu último diário, antes de seu falecimento, ele escreveu: “Caju: fique livre do mundo, aproveite a dor, ame de olhos fechados e se divirta na terra”. É uma ótima lição para todos nós!
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