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Apresentadora do reality show fala sobre a responsabilidade dos pais na educação dos filhos
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Entrevista com Cris Poli, a Supernanny

Apresentadora do reality show fala sobre a responsabilidade dos pais na educação dos filhos

Com três filhos biológicos e várias famílias adotadas, Cris Poli conquistou o seu espaço como a Supernanny brasileira. A apresentadora da reality show do SBT acaba de lançar o seu quinto livro, chamado “Pais responsáveis educam juntos”, e nos dá uma entrevista exclusiva para falar dos desafios na educação de jovens e crianças.

Ouça aqui a entrevista completa com Cris Poli.

 

Entrevista com Cris Poli, a Supernanny

Foto: Divulgação

Malu: Por que muitos pais, mesmo tendo informações sobre educação, não conseguem aplicá-las na prática?

Cris: Eu acho difícil que os pais não consigam. O “não conseguir”, muitas vezes, é por insegurança da parte dos pais, é falta de confiança nas atitudes que eles precisam tomar, é medo de perder o amor dos filhos, que os filhos fiquem bravos com eles… Então, o “não conseguir” não existe. Pois se você é responsável pela educação dos seus filhos, você tem que conseguir. Como que eu não consigo? Eu preciso ser firme, preciso estar segura daquilo que vou fazer, preciso ter convicção do que é o melhor para o meu filho, saber exercer autoridade sem ser autoritário, sem bater por qualquer coisa, ficar gritando, se descabelando, mas usando uma verdadeira autoridade de quem sabe o que é melhor para o filho. Se eu tenho essa segurança, se eu não tenho medo, se eu sei que esse “não” é importante tanto quanto o “sim” é importante, eu consigo. Como não? Faz cinco, seis anos que eu estou trabalhando no Supernanny e eu mostro que é possível conseguir, mesmo com crianças que têm chegado num extremo de mau comportamento. É preciso assumir a responsabilidade, a autoridade e precisa entender que o “não” e o “sim” são importantes. O “não” o tempo todo torna os pais autoritários, rígidos. E o “sim” o tempo todo torna os pais permissivos. Não é bom nem um extremo e nem o outro, tanto para a criança e quanto para os pais. O ideal, como pai, é você encontrar o equilíbrio, sempre lembrando que tanto o “não” quanto o “sim” são importantes e necessários.

Malu: O que motivou a senhora a trabalhar como educadora?

Cris: Eu comecei a trabalhar com 18 anos, era novinha. Minha motivação foi um pouco conseqüência da escola em que eu estava porque eu fiz magistério. Depois minha orientação continuou dando inglês porque eu estudei inglês num colégio bilíngüe desde pequenininha, então fiz um professorado em inglês, fiz treinamento pra letras e foi acontecendo, eu fui gostando e me dedicando a isso. Aí comecei a trabalhar com educação e não parei mais, né? (risos).

Malu: E sua formação te ajudou na educação de seus filhos?

Cris: Olha, ajudou porque você tem uma série de conceitos sobre educação, você lê muito sobre isso, se informa, tem um estágio, um treinamento. Porém eu acho que a grande experiência e o grande teste de educação vêm quando a gente tem um filho e eu falo isso para todos os pais. É importante, sendo educadora ou não, você se informar sobre a educação de crianças. Mas o grande teste vem quando você tem o seu filho, pois o envolvimento emocional é muito grande e você acaba não conseguindo, às vezes, aplicar tudo aquilo que você aprendeu. Por isso que eu digo que a gente aprende na base do erro e do acerto, principalmente com o primeiro filho, né? Eu tenho três filhos e o primeiro foi a grande experiência. Com o segundo eu já tinha a experiência do primeiro e a terceira eu já estava bem mais prática. (risos) E isso é com todo mundo.

Malu: Na sua experiência como Supernanny, teve algum caso que te marcou mais, seja pela dificuldade ou pela maneira como se desenvolveu?

Cris: Tiveram vários, na verdade, porque cada um é uma história e mexe com a gente de uma maneira diferente. Um que me marcou de forma negativa, aí eu vejo a dificuldade que os pais têm de aceitar, de reconhecer a responsabilidade que eles têm na educação do filho, foi o único caso que eu tive que interromper o programa antes de acabá-lo porque os pais não somente discordaram da minha proposta com as crianças, como desfez tudo aquilo que eu tinha feito. Isso foi muito duro, doeu muito não somente pra mim, mas pra toda a minha equipe, porque as crianças estavam começando a mudar, a mostrar uma mudança de comportamento, mas os pais não se dispuseram a mudar. E a primeira mudança tem que vir dos pais – isso é uma coisa que fica muito clara em cada família que eu visito e em cada orientação de educação que eu dou. Então, esse deixou uma marca muito negativa, muito triste. Positiva, na verdade, todos os outros pela mudança que há nas crianças e nos pais. Eu continuo recebendo e-mails de famílias que eu visitei agradecendo pelas mudanças que aconteceram e permanecem. Isso me deixa muito feliz, muito grata a Deus por ter a possibilidade de ajudar essas famílias. Me lembro, agora, de um caso de uma família que tem uma menina com síndrome de Down, em Salvador, eram três filhos. E a mãe tinha uma dificuldade enorme, até pelo histórico dela com a filha, de expressar o amor pelos filhos. Não é que ela não amava, era a expressão do amor. E esse momento de expressão de amor foi muito marcante no programa porque a mãe conseguiu romper essa barreira que separava ela dos filhos. Foi uma coisa que me marcou muito, me emocionou, chorou todo mundo e foi uma vitória, realmente.

Malu: É bom que essa mudança não fica só no programa, né? Tem uma continuidade…

Cris: É, tem uma continuidade. Na avaliação dos próprios pais, 80% daquilo que muda enquanto eu estou lá, permanece. Eu acho que o índice é alto porque é bastante tempo, são duas semanas que eu fico com a família, mas é pouco tempo, também, para mudar um comportamento, né? E se permanece 80% eu sou muito feliz, muito grata também. É uma recompensa.

Malu: Na dedicatória e nos agradecimentos de seu novo livro a senhora fala muito em Deus. A fé também é importante na educação?

Cris: Eu acho que é importante e vou te explicar o porquê. Por que quando a gente educa, a gente transmite princípios de vida para os nossos filhos – eu estou falando de educação para formação de caráter, personalidade, e não acadêmica. Se nós temos fé, se temos a palavra de Deus como base dessa transmissão de valores e de princípios, nós temos mais segurança porque nós temos uma coisa que é verdadeira, que é válida, que é eterna na qual nós acreditamos. E isso nos dá segurança. Eu acho que muito da insegurança de hoje é porque os valores, os princípios estão muito questionados, são muito variáveis. O que era bom e aceitável um tempo atrás, hoje não é mais e vice-versa. Então, tudo isso confunde. Quando você tem fé, quando você tem a Deus, quando você tem a palavra pra ser guiada, isso te dá mais segurança, te dá uma base firme, né? Por isso eu acho a fé muito importante na educação.

 

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