Entrevista com Bruno Gagliasso: "Ele mata quem estiver no caminho dele"

Bruno Gagliasso está no elenco de Dupla Identidade, o novo seriado da TV Globo

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No próximo dia 19, estreia o seriado Dupla Identidade, da TV Globo. Escrita por Glória Perez e dirigida por Mauro Mendonça Filho, a produção garante cenas de tirar o fôlego e sequências que mostrem de perto as investigações policiais. Bruno Gagliasso está no elenco da trama e dará vida a Edu, um serial killer psicopata. Conversamos com ele para saber mais sobre o seu personagem em Dupla Identidade. Confira!

Entrevista com Bruno Gagliasso: "Ele mata quem estiver no caminho dele"

Foto: TV Globo

GTV: Como foi sua preparação para viver o psicopata Edu em Dupla Identidade? Bruno: Eu pesquisei muito. Sou viciado em séries, então já assisto normalmente de todos os gêneros, incluindo as de suspense. Mas posso dizer que a vida real foi minha maior inspiração. Em todos os lugares do mundo existem serial killers. GTV: Explique para nós como vai ser o Edu. Bruno: O Edu é um cara bacana, interessante, sedutor e bem inteligente. Ele estaria aqui com a gente e ninguém imaginaria que é um psicopata. O tesão é esse, é mostrar um cara que não tem a menor pinta de quem faz as atrocidades que ele faz. E a “vibe” dele é o poder. Ele gosta de se sentir um Deus, com a vida e a morte nas mãos. GTV: Você fez testes para esse personagem. O que acha que fez você levar vantagem sobre os outros candidatos? Bruno: Fiz um bom teste e mostrei que o personagem era para ser meu. Eu queria fazer esse papel. Eu gosto de personagens assim, com desafios que me fascinam. Fiz esquizofrênico, gay se descobrindo, vilão, enfim, gosto de papéis que me façam crescer. GTV: Vocês chegaram a fazer alguma preparação em conjunto? Bruno: Sim, passamos dois meses trabalhando com o preparador Sérgio Penna e o próprio Mauro Mendonça Filho, que é o diretor. Ficamos ensaiando, estudando, lendo e vendo vídeos. Foi um período bem proveitoso. GTV: Você curte suspenses? Bruno: Sim, eu gosto. Minha produtora, a Escambo Filmes, começou nesse gênero. E o Brasil sabe fazer. O público pede e a gente é bom nisso. GTV: Como estão os trabalhos com a sua produtora? Bruno: Está tudo correndo muito bem. A gente estreia o filme “Isolados” no próximo dia 18, um dia antes da estreia da série. Estou contente que as pessoas estejam recebendo tão bem esse filme, que é um terror de suspense bem intenso. GTV: A televisão cada vez mais investe em séries. Você acha que esse pode ser o futuro da TV aberta? Bruno: O mundo inteiro investe em seriados. A Globo é uma das maiores emissoras do mundo, então não tem motivo para não entrar nessa fatia também. Mas meu comprometimento não depende do formato, e sim da profissão que escolhi. Eu sou ator, seja no teatro, no cinema, em novela ou em série. GTV: Esse papel mexeu com você na questão da segurança? Bruno: Os seres humanos são diferentes uns dos outros. Existem pessoas ruins, isso é real. Mas você acaba se acostumando. Eu vejo com certa naturalidade esse projeto por conta de um estudo que tivemos, mas é chocante. A qualquer hora pode ter do nosso lado um psicopata. É um risco que todo mundo corre. O Edu, por exemplo, conhece a namorada na praia e é todo fofo com ela. GTV: Ele só ataca mulheres? Bruno: Ele mata quem estiver no caminho dele. Não são, necessariamente, só mulheres. Mas o que a gente quer é mexer com a cabeça das pessoas mesmo, deixar o telespectador com vontade de ver os próximos episódios. GTV: O personagem seria vivido por um ator mais velho e você está grisalho. Pintou os fios do cabelo e da barba? Bruno: É tudo meu, natural. Todo mundo envelhece um dia. Estou com 32 anos já! GTV: Dupla Identidade marca seu reencontro em cena com Débora Falabella, com quem você atuou em “Chiquititas”. Como tem sido retomar essa parceria? Bruno: É maravilhoso e a gente já queria isso há algum tempo. Fizemos irmãos em Chiquititas e, depois, até estivemos juntos no elenco de Sinhá Moça, mas quase não nos encontrávamos em cena. Essa é uma baita de uma parceria, uma história romântica. Que bom que veio na hora certa esse encontro. GTV: O Edu é um assassino, mas finge afeto pela namorada Ray e pela filha dela. Você acha que isso pode confundir o público ou até estabelecer uma torcida por ele? Bruno: A gente se habitua a ter esperança no ser humano. Algumas cenas dele com a Ray e com a filha dela são lindas. Dá até para fantasiar que tem amor ali. Mas não tem, é tudo sem sentir nada. Ele precisa fazer parte de uma farsa dessas, ter uma fachada social. GTV: Você se lembra de ter batalhado tanto assim para fazer outro personagem? Bruno: Há muitos anos eu não fazia teste. O último, pelo que me lembro, foi em Celebridade, com o Dennis Carvalho, em 2003. E eu me senti tão bem ao fazer, me preparei tanto! Fiquei muito orgulhoso por saber que foi uma conquista minha. Fui o último a fazer o teste e não queriam ninguém com a minha idade. Por isso dou tanto valor a esse trabalho. GTV: Você deixou de fazer Império por conta desse papel? Bruno: Às vezes o que sai na impressa não é verdade. O que existe é uma conversa entre os envolvidos. Chega-se a um acordo ao decidir o que é melhor para minha carreira e para a emissora. Nesse caso, foi uma decisão em conjunto. GTV: O fato de você lançar um filme um dia antes da estreia da série e de ser ligado ao suspensa também inibiu você? Bruno: Não, os personagens são completamente diferentes. Acho que o gênero é bem parecido, mas em termos de papéis, são diferentes. O Edu provoca a polícia o tempo todo. O que ele curte é o jogo. Os psicopatas são muito inteligentes e não têm qualquer sentimento pelo outro. Edu se envolve com as pessoas, mas não ama ninguém.

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