Depoimentos de mulheres sobre o mal oculto na pílula anticoncepcional

A pílula anticoncepcional não é o único método contraceptivo, apesar de ser um dos mais usados por mulheres de todas as idades.

- FOTO: Reprodução / Facebook Juliana Pinatti Bradella

Dois depoimentos tocantes estão circulando nas redes sociais. Eles fazem um alerta: você, mulher, realmente conhece a pílula anticoncepcional e os hormônios que estão presentes no seu dia a dia?

O primeiro caso é da jundiaiense Juliana Pinati Bardella: a estudante começou tendo dores na cabeça que, durante três semana, aumentaram gradativamente “[…] até ficar insuportável“, afirma Juliana.

Ela foi até um hospital na cidade de Botucatu-SP, onde faz faculdade e, apesar de pedir exames complementares e o atendimento de um neurologista, saiu de lá com o diagnóstico de enxaqueca.

Juliana Pinatti Bradella

FOTO: Reprodução / Facebook Juliana Pinatti Bradella

Dois dias após o primeiro atendimento, ao tentar se levantar da cama, a perna direita da jovem não “respondia”. “Escovando os dentes percebi que minha mão direita também não estava normal. Tentei me vestir, sem sucesso. Aquilo estava muito estranho, então não fui a aula e resolvi esperar passar. Não passou“, afirma.

A estudante ainda comenta que, de uma hora para outra, havia esquecido como usar o celular e o banheiro.

Juliana contou com a ajuda de amigas para comer e andar, até que seus pais chegassem de outra cidade.

Meus pais resolveram me levar com urgência para um hospital em São Paulo, na viagem o efeito do remédio para enxaqueca havia passado, a dor voltou muito mais forte. No hospital, realizei alguns exames, administraram três medicamentos para a dor, sem sucesso, a dor continuou forte. Em poucas horas fui chamada para saber o resultado dos exames e na ressonância magnética foi diagnosticada trombose venosa cerebral.

Juliana Pinatti Bradella

FOTO: Reprodução / Facebook Juliana Pinatti Bradella

Segundo o médico, a causa do problema poderia ser o anticoncepcional. Juliana já usava pílula (YAZ) há mais de cinco anos e já havia passado por três ginecologistas diferentes. Segundo ela: “nenhum me alertou sobre a trombose, mesmo perguntando a respeito, nenhum falou que seria um risco“.

Ela passou três dias na UTI e quinze dias internada. Como muitas vítimas, a estudante pensava que aquilo jamais aconteceria com ela.

Juliana afirma não ser contra o anticoncepcional, pois acredita que ele traga benefícios. “Mas sou contra a negligência de se receitar anticoncepcional indiscriminadamente sem informar adequadamente seus riscos, e da própria negligência de tomar um medicamento durante tantos anos sem desconfiar que poderia ser prejudicial e poder levar até mesmo a morte. Mulheres, preocupem-se, pesquisem e perguntem!“.

Até a publicação da matéria, o post contava com mais de 98.000 likes, 95.000 comentários e 29.000 compartilhamentos.

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O segundo caso é da usuária identificada como Gigi, que fez uma postagem na plataforma Medium sobre “a verdade sobre a pílula do dia seguinte“. Segundo ela, muitas mulheres raramente chegam a saber os riscos que correm com certas coisas que já são tão usuais, como pílula anticoncepcional e pílula do dia seguinte.

Em 2015, ela estava se preparando para voltar ao Brasil e se envolveu com alguns irlandeses. “Transei, sim, sem culpa, com quantos quis. Todos com camisinha, exceto por um. Eu não queria transar sem proteção. Mas, né… O cara queria, e sem proteção foi. No dia seguinte, obviamente, eu tomaria a pílula do dia seguinte“.

Depois de tomar a pílula, Gigi afirma que sentia algo estranho em seu corpo: “Mas só saberia mesmo o que era umas duas semanas depois, faltando 5 dias para meu voo de volta. Fiz um teste e quase nem conseguia segurar ao ver o resultado: a pílula não havia funcionado“.

Pílula anticoncepcional

FOTO: iStock

Uma gravidez não planejada assusta muitas mulheres, porém, o drama de Gigi não acabava aí. O pai da criança não quis se responsabilizar. Além disso, seu corpo ainda dava mais sinais de quem algo não estava bem.

Todos os dias, inconscientemente, muita adrenalina começava a tomar conta do meu corpo e eu comecei a ter certeza de que ia morrer. Cada dia que passava, eu sentia que estava mais perto da morte. […] Eu, sem entender o que acontecia comigo, comecei a pensar que ia morrer no parto. Nunca tinha tido tanta consciência e certeza da morte.

Ao fazer a primeira ultrassonografia, Gigi recebeu a notícia que mudaria sua vida: ela estava com gravidez ectópica, isto é, o bebê estava se formando fora do útero.

A médica afirmou que ela teria que fazer uma cirurgia ou tomar um remédio. “Eu entendi que o remedinho ou a cirurgia eram para por para dentro do útero. Mas não era: era para tirar, ou tirar perdendo trompa e tudo mais“.

Pílula anticoncepcional e camisinha

FOTO: iStock

O óvulo foi fecundado, porém, a pílula do dia seguinte fez efeito e ele ficou “preso”, sem descer para o útero. A trompa não tem capacidade elástica para comportar um bebê, por isso, a medida que o feto cresce, ela pode estourar, criando uma hemorragia interna que pode levar à morte.

Apesar de querer ir para casa, Gigi foi internada emergencialmente. “Ali, acordada da cirurgia, apenas sentia as piores dores desse mundo físicas e emocionais, mais o luto da perda de tantas coisas, mas tantas que eu não conseguiria numerar“. Ela também deixou um recado direcionado às mulheres: “Se cuidem meninas, pensem mais em vocês mesmas em primeiro lugar. O homem que use camisinha. E se não quiser, ele que vá bater uma punheta“.

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