Uma pesquisa realizada pelo hospital estadual Emílio Ribas mostrou que 81% dos profissionais que trabalham em salões de beleza na cidade de São Paulo, entre manicures e podólogos, não estão protegidos contra a hepatite B. Isso é um valor muito alto, já que a vacina é gratuita e distribuída pelo SUS (Sistema Único de Saúde).
O que é a hepatite B?
A hepatite B é uma doença causada por vírus e transmitida em contato com o sangue. Agulhas contaminadas, transfusões, relações sexuais, instrumentos cirúrgicos ou odontológicos são os principais meios de passar o vírus adiante. Ela não é transmitida por contato físico comum, como beijo ou abraço, mas somente em contato com o sangue.
Sintomas da doença
O fígado, quando infectado pelo vírus da hepatite B, pode inflamar, ficar sensível e inchado. Algumas partes do tecido podem ser destruídas pela inflamação, o que pode ser fatal.
Os primeiros sintomas da doença são: perda de apetite, febre, mal-estar e fadiga. Esse quadro pode se agravar e ocasionar náuseas, vômitos, falta de ar e pele e olhos amarelados. Se você perceber qualquer sintoma estranho, procure um médico o mais rápido possível.
Vacina
Andréia Cristine Deneluz Schunck de Oliveira, responsável pela pesquisa realizada, afirmou que a vacina é o melhor jeito de se prevenir, além dos cuidados necessários na rotina de trabalho das manicures. “A vacina é o ponto de partida para a prevenção, mas o principal risco está na falta de cuidado dentro do salão de beleza”, alerta.
O problema encontrado é que os profissionais não faziam esterilização adequada nos instrumentos de trabalho e não lavavam as mãos antes e depois de atender os clientes. “Desta forma elas colocam em risco a própria saúde e a de suas clientes”, alerta Andréia. A falta de informação é um dos maiores problemas que envolvem a doença: 72% dos profissionais não conheciam as formas de transmissão da hepatite B.
Se cuide!
O Ministério da Saúde ampliou a vacinação contra a hepatite B, em especial para os grupos de risco: podólogos, manicures, bombeiros e gestantes da área da saúde. A vacina é gratuita e pode ser tomada independente da idade. O tratamento para pacientes infectados com a doença são: repouso, dieta balanceada e soro por via intravenosa. Portanto, lembre-se de tomar as vacinas adequadas e cuidar da sua saúde. Pequenos cuidados podem fazer a diferença!
Consultoria: Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo – http://saudeemacao.blogspot.com/ e Instituto de Infectologia Emílio Ribas