Você sabia que nem todo nódulo no seio se transforma em um câncer? O oncologista Ricardo Caponero esclarece que nódulos são formações sólidas ou císticas e arredondadas que podem aparecer em qualquer local do corpo. “Quando ocorrem na mama, são chamados nódulos mamários, e podem ser tanto benignos (adenomas) como malignos (carcinomas)”, completa.
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A diferença entre os dois
Adenoma é um tipo de tumor não cancerígeno. A diferença básica entre este benigno e o carcinoma é o crescimento bem mais lento e a baixa capacidade de se espalhar. Ou seja, é bem menos agressivo que o maligno. Porém, ambos podem se desenvolver em todo tipo de órgão.
Por que os nódulos aparecem?
“Eles podem se manifestar por diversas condições reacionais do tecido mamário, mas suas causas não são bem conhecidas”, revela o oncologista. Alguns fatores de risco podem contribuir para a formação desses nódulos e o desenvolvimento da doença como, por exemplo: Histórico familiar (genética); Obesidade; Dieta rica em gordura; Sedentarismo; Tabagismo; Reposição hormonal sem acompanhamento médico; Estresse; Menarca (primeira menstruação) precoce; Menopausa tardia.
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O mastologista José David Kandelman aponta que 30% da mulheres são portadoras de nódulos mamários e, em15% dos casos, eles são múltiplos. “Ou seja, se trata de uma patologia bastante comum”, completa. No entanto, é necessário prestar atenção. Quando um nódulo for detectado, o melhor a se fazer é procurar um médico (oncologista, ginecologista ou mastologista) e realizar os exames necessários como a mamografia, a ultrassonografia e a ressonância magnética.
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O tratamento
Se o nódulo detectado for benigno, José afirma que não há nenhuma preocupação, a não ser em determinadas circunstâncias especiais, como tamanho avantajado e ritmo rápido de crescimento. Mas, se for maligno, deve-se proceder o tratamento adequado. “Cada caso tem um tratamento específico para a sua natureza”, finaliza o mastologista.
O oncologista lista os tratamentos existentes:
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+ “A cirurgia é um procedimento praticamente universal”, diz. Ela pode ser realizada primariamente nos tumores menores ou após um tratamento sistêmico prévio.
+ A quimioterapia é utilizada para os tumores maiores e mais agressivos. ”Principalmente para as pacientes cujo tumor não responde à terapia hormonal antiestrogênica”, completa.
+ A terapia antiestrogênica pode ser realizada para os tumores que apresentem expressão significativa de receptores hormonais (estrógeno ou progesterona).
+ Existe uma terapia imunológica, que utiliza agentes anti-HER2 – um tipo de proteína da membrana celular.
+ Radioterapia: o mais usual é lançar mão da combinação de vários desses métodos. Quando o nódulo é detectado precocemente, as chances de cura são mais altas e os tratamentos mais rápidos e simples. “Nenhum método terapêutico dos mais modernos e sofisticados possui a mesma eficácia de um diagnóstico precoce”, ressalta Ricardo. Fique sempre alerta e procure manter um estilo de vida saudável com boa alimentação e atividade física constante.
Consultoria: Ricardo Caponero, oncologista da CLINONCO – Clínica de Oncologia Médica José David Kandelman, mastologista do Instituto da Mulher do Hospital Alemão Oswaldo Cruz Instituto Nacional do Câncer