Foto: Reprodução/Facebook Joia Rara
Depois da sofredora Jéssica, de “Salve Jorge”, Carolina Dieckmann já emendou outro trabalho e vai viver Iolanda, uma das mocinhas de “Joia Rara”. E de novo, com uma grande carga de emoção e sofrimento.
Em entrevista à Guia da TV, Carolina falou sobre a emoção da personagem, que abre mão de seu amor verdadeiro para salvar o próprio pai, e acaba vivendo uma vida triste. E para ela, este é o melhor momento de sua carreira: “minha personagem é uma heroína e eu me sinto preparada para dar esse passo. E sinto que me preparei desde que sou atriz para fazer a Iolanda”. Algum problema em fazer mais uma mocinha? De jeito nenhum. “Eu adoro fazer mocinhas, adoro contar o lado bom da história, de quem tem caráter. Me sinto inspirando as pessoas através do bem daqueles personagens”, garante a bela.
Confira a conversa completa:
Depois do sucesso que você fez em “Salve Jorge”, você volta ao ar com mais uma personagem sofredora. Como se sente?
Estou muito feliz. Minha personagem é uma heroína e eu me sinto preparada para dar esse passo. Ela é mais madura do que todas as personagens que já fiz. E sinto que me preparei desde que sou atriz para fazer a Iolanda. Eu estou em um momento muito decisivo da minha carreira. Acho que de dar um passo adiante. E isso me deixa muito feliz.
E loura de novo! Curtiu a mudança?
Pois é, estou louríssima! Mas já fiquei outras vezes. Eu adoro ficar louríssima. Meu amor, sou muito loura! Tem água oxigenada lá dentro de mim!
Me conta um pouco da Iolanda.
A Iolanda abre mão do próprio amor, que é interpretado pelo Domingos Montagner, porque o pai aposta ela, perde a aposta e ela se vê obrigada a se casar com o Ernest, que é um vilão interpretado pelo José de Abreu. Ela abre mão da luz da vida dela para viver enclausurada em um castelo, cheia de joias e dinheiro, mas presa pelo marido.
Você seria capaz de abrir mão da sua felicidade para salvar seu pai?
Olha, pela nossa família, somos capazes de fazer muitas coisas. Isso, graças a Deus, não aconteceu comigo. Mas, numa situação limite, acho que eu seria capaz de fazer qualquer coisa pela minha família.
Você já declarou que adora fazer mocinhas. Isso pesou na hora de aceitar esse papel?
Ah, é verdade. Eu adoro fazer mocinhas, adoro contar o lado bom da história, de quem tem caráter. Me sinto inspirando as pessoas através do bem daqueles personagens. O mundo já anda tão cheio de maldades. Fazer vilão é importante, é bom, mas gosto de inspirar as pessoas. Mocinhas e heroínas me emocionam verdadeiramente, me envolvem mais. Me sinto muito em casa nesse papel.
Mas você já fez outras mocinhas. O que inspira tanto para fazer a Iolanda?
Fiz muitas mocinhas, mas nunca fiz uma personagem assim, nessa maturidade, que age de maneira consciente. Ela dá os passos sabendo o que está fazendo.
Foto: Reprodução/Facebook Joia Rara
Você vai fazer par com o Domingos Montagner, que causou certo frisson nas mulheres com as cenas que ele gravou com a Cléo Pires em Salve Jorge. Acha que pode ter o mesmo efeito agora?
Ah, mas é outra coisa. Em Salve Jorge, eram personagens modernos, ela principalmente. Isso fazia muita diferença. O amor que a gente vai ver agora é de uma poesia que remete aos tempos que não voltam mais. É puro, maduro. Eles têm um romantismo, uma ternura e um desejo de quem tinha suas proibições. Tem toda uma circunstância que as pessoas nem vão comparar com Ziah e Bianca.
Você não sai do ar, não é mesmo?
(Risos) Estou sempre emendando um trabalho em outro, graças a Deus! Mas estou realizada e feliz. Meus filhos me veem indo para o trabalho com tranquilidade porque eles sabem que eu sou muito feliz fazendo o que eu faço. Não guardo culpa por causa disso.
Recentemente, sua cena raspando a cabeça em Laços de Família foi comentada novamente por conta da morte da Nicole, papel de Marina Ruy Barbosa, em Amor à Vida. Como se sente relembrando essa fase?
Me sinto muito orgulhosa e feliz. E acho lindo o público lembrar. A gente, trabalhando em tevê, adora inspirar as pessoas. Ver depois de tantos anos as pessoas se lembrarem do nosso trabalho funciona como um beijinho no coração, é um prazer incrível. Adorei aquela época, não me arrependo de nada. Ao contrário, faria tudo de novo.
Essa é sua primeira novela de época. Como está se sentindo?
Estou muito satisfeita. Novela de época transporta a gente para outro tempo. E você se lembra o tempo todo disso pela forma como fala, o jeito como se senta com a roupa, o cenário mais duro que te obriga a ter uma postura mais ereta, enfim, tudo ao seu redor te inspira. É um trabalho mais minucioso. Quando a gente faz algo contemporâneo, muito do que a gente vive já ajuda.
E as roupas de época, o que você tem achado?
Um luxo! Ela fica rica! Acho engraçado que a minha avó sempre me acha uma desarrumada, sempre diz que eu poderia estar melhor. Quando ela me vir rica na novela, vai chorar de alegria. Minha personagem fica bilionária. Tem muitas joias, alta costura e como o Ernest é muito rico, ele compra o guarda-roupa dela e põe ela naquelas roupas só para vê-la, meio que ela funciona como uma bonequinha de luxo dele. Minha avó, a dona Marli, tem 82 anos e vou dedicar esse trabalho a ela.
