Caio Blat conta mais sobre a filosofia budista de “Joia Rara”

O ator conta como se preparou para viver um monge em Joia Rara

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Viver um monge budista certamente é uma novidade na carreira de um ator. Com anos de experiência no cinema e na TV, Caio Blat encara agora o novo desafio, que é imergir completamente em uma religião desconhecida.

Em entrevista à Guia da TV, Caio contou sobre o processo de preparação para viver o monge Sonan, de “Joia Rara”: “O que foi crucial (…) foi termos o privilégio de ir à fonte do budismo, o lugar onde ele floresceu. Esse pessoal é muito inocente, puro, então eu tentei me contaminar um pouco com aqueles sorrisos”.

Veja a conversa completa:

Caio Blat conta mais sobre a filosofia budista de “Joia Rara”

Foto: Renato Rocha Miranda/TV Globo

Você interpreta um monge budista, um tipo completamente diferente de você e de todos que já interpretou. Como foi esse primeiro contato com o personagem?
O que foi crucial para esse trabalho foi termos o privilégio de ir à fonte do budismo, o lugar onde ele floresceu. Pudemos observar de perto como é essa comunidade de monges muito simples, muito pobres e muito gentis, que espalham a ideia da não violência e da compaixão. É um lugar mágico e fantástico. E esse pessoal é muito inocente, puro, então eu tentei me contaminar um pouco com aqueles sorrisos. É uma filosofia muito bonita a deles. Qualquer que seja sua religião, você pode aprender muito com uma experiência dessas.

Me explica um pouco como funciona o seu personagem dentro da novela.
Meu personagem é um monge e é filho de brasileira, tanto que ele fala português. Ele tem um grande mestre, o Ananda, papel do Nelson Xavier. Quando morre um mestre muito iluminado, é tradição no budismo que os discípulos procurem a reencarnação daquele mestre, para trazer a criança para que continue sua missão. Então, ele procura no mundo todo até achar essa criança. E vai encontrar no Brasil.

De que forma se dá essa busca?
Eles consultam astrólogos, têm visões, sonhos, consultam sinais nas cinzas… Começam a surgir na mente dele imagens do Brasil, dos Arcos da Lapa. Ele vai atrás de uma série de pistas até encontrar essa criança. E quando eles encontram, no budismo, normalmente confirmam porque são crianças iluminadas, que pacificam a família. Que distribuem bênçãos por onde passam.

Como vocês fazem para aprender as questões relacionadas ao budismo? De que forma é feito esse estudo hoje?
A gente tem a Virgínia Casé, que é irmã da Regina Casé, que é a nossa consultora de budismo. Ela é quem passa todos os mantras, os hábitos, as roupas… A gente também assiste muitos documentários e visita templos budistas. Passamos um tempo no interior de São Paulo, em Cotia, onde tem um templo. Passamos uns dias vendo a prática deles por lá. Tentamos praticar um pouco de meditação, o que é muito difícil para nós do ocidente. Mas é bem gostoso. Olha, com essa novela, estou até um pouco budista ultimamente.

A novela mistura um núcleo religioso com outro comunista e ainda um cabaré. Como funcionam essas interligações?
Pois é, eu considero uma mistura bastante interessante. Temos o cabaré, a fábrica com comunistas e um mosteiro budista. Mas eles são três grandes pontos de encontro que vão, sim, se misturar. Daqui a pouco, todo mundo vai se envolver em todos os núcleos. Aí, a novela vai arrebentar.

Muita gente diz que as cenas iniciais de Joia Rara parecem cinema. Para você, como funciona essa coisa da referência cinematográfica na televisão?
De fato, parece mesmo cinema. Mas não só isso, tem ares de superprodução. Quem vê as imagens costuma dizer que deveria ser uma minissérie ou novela das oito. Com isso, eu não concordo. Penso que é muito bom que a Globo invista essa qualidade no horário das 18 horas. Precisamos ter novelas fantásticas em todos os horários, não só na faixa nobre. O que é necessário é buscarmos a qualidade máxima sempre, é nisso que eu acredito.

Você tem se dedicado muito ao cinema ultimamente, falando nisso…

Verdade. Aos poucos, vão ser lançados uns cinco filmes que fiz. Tem um que vai estar em setembro no Festival do Rio, aqui no Rio de Janeiro. É um em que eu faço par com a Carolina Dieckmann, que também está na novela. Ele fala de jovens escritores, mas o nome ainda não está totalmente decidido. Tem também o “Alemão”, que é sobre um cerco policial no complexo do Alemão, esse também deve sair logo. Os outros vão ser lançados aos poucos.

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