Adultos hiperativos e com TDAH

Conheça os sintomas do TDAH em adultos e como tratá-lo

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O problema vem desde a infância, mas pode continuar na vida adulta

Inquietude, dificuldade de concentração, esquecimento e impulsividade podem ser causas do Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade. Cerca de 10 milhões de brasileiros sofrem com TDAH. A doença, que costuma causar muitas dificuldades na infância, pode chegar até a idade adulta e levar a outros problemas.

 

Transtorno persistente

Algumas pessoas que tiveram TDAH quando crianças apresentam remissão espontânea dos sintomas ao longo do tempo. Mas o contrário é mais comum: até 75% das pessoas permanecem com o transtorno, sintomas ou prejuízo funcional pelo menos até o início da idade adulta.

Se não for tratada corretamente, a doença pode causar outras síndromes, como as decorrentes do abuso de álcool e nicotina, depressão, ansiedade e transtorno de conduta (que pode estar associado à baixa autoestima).

De acordo com Guilherme Polanczyk, professor de Psiquiatria da Infância e Adolescência da Faculdade de Medicina da USP, o TDAH também está associado a dificuldades nos relacionamentos interpessoais, como gestação precoce e indesejada, brigas, atitudes impulsivas, demissão por atos impensados, entre outros desfechos negativos.

Prejuízos econômicos podem ser consequência das dificuldades escolares na infância e da falta de tratamento. Ao longo do tempo, isso pode fazer com que a pessoa com TDAH atinja um nível educacional e cultural menor do que o seu potencial, o que leva a empregos em posições inferiores e, consequentemente, a um nível socioeconômico menor.

“Em geral, essas pessoas contam uma história desde a infância de agitação, não gostar de estudar e dificuldades para realizar as tarefas mais complexas. Elas apresentam dificuldades de aprendizagem, o que pode, assim, levá-lo a não atingir a profissão ou a posição que almejava”, explica o especialista.

Características do TDAH em adultos

O adulto com essa doença pode apresentar algumas dificuldades corriqueiras. Dentre elas:

-dificuldade de organizar o tempo e as atividades;
-está sempre adiando tarefas;
-não gosta ou não consegue ler textos ou material que exige concentração e esforço mental maiores;
-perde coisas como carteira, chaves e telefone;
-esquece compromissos;
-é impulsiva e perde a paciência com facilidade;
-não consegue esperar a sua vez em filas, por exemplo;
-frequentemente tem oscilações de humor;
-apresenta baixa autoestima.

O Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade não tem cura. Mas, se cuidado corretamente, garante uma vida normal ao paciente. “O plano de tratamento deve combinar medicação, psicoterapia e intervenções específicas em função de situações que acompanham o TDAH”, explica Polanczyk.

Diante de qualquer sintoma, procure um médico para avaliar o seu caso e indicar a melhor forma de tratamento. Para alguns especialistas, essa doença pode ser tratada sem intervenção medicamentosa, confira a entrevista.

Texto: Giovana Sanches
Consultoria: Guilherme Polanczyk, professor de Psiquiatria da Infância e Adolescência da Faculdade de Medicina da USP.
Foto: Ablestock/Keydisc

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