Poucos contestam a posição de herói que Tiradentes ocupa na história do Brasil, e seu legado foi prontamente reconhecido. Logo virou símbolo antimonarquista, passou a ser retratado como Cristo e recebeu um feriado em sua memória.
Contudo, ainda se fala muito em “herói inventado”. Em 1889, com a república devidamente implantada, fez-se necessário dar destaques a algumas figuras em detrimento de outras. Era o fim da monarquia, então não havia razões para manter os retratos de dom João VI, dom Pedro I, dom Pedro II pendurados nas paredes.
Deste modo, Tiradentes, entre outros protagonistas, roubaram a cena, esta que hoje tenta ser desconstruída por historiadores. Isso porque, como se sabe, documentos revelaram que o mártir não era uma pessoa sem bens, ao contrário: tinha posses e herança e acabou retratado como um homem simples por motivos específicos.
Afinal, o retrato do herói deveria expressar um homem humilde, que oferecesse o resgate do Brasil com raízes populares, erguido por mãos simples e trabalhadoras. Não à toa, sua figura continuou tendo apelo durante muitos governos populares, o que inclui o de Getúlio Vargas.
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