As primeiras sessões da terapia reichiana são, geralmente, dedicadas a uma anamnese (ou seja, recordação) detalhada, que inclui a história de vida do paciente, aspectos relativos ao seu corpo, alimentação, histórico de doenças e disfunções. O terapeuta faz então um exame preliminar breve do estado de “encouraçamento” do paciente (saiba mais clicando aqui).
O conceito de couraça tem dois componentes básicos: o físico e o psíquico. “O físico seria o que Reich chamou de ‘couraça muscular’, e o psíquico seria o que chamou de ‘couraça caracterológica’, relacionada aos mecanismos de defesa do ego. Mas Reich sempre frisou que eram dois aspectos de um mesmo todo, sendo o ser humano uma unidade bio-psico-social”, salienta André Carvalho, doutor em História das Ciências e da Saúde pela Fiocruz (RJ) e membro integrante do Núcleo de Psicoterapia Reichiana.
Em resumo, a couraça bio-psíquica, para a terapia reichiana, está relacionada a um enrijecimento funcional do indivíduo e do organismo. É como se desenvolvesse uma “armadura” de defesa emocional e física, deixando de reagir à realidade como esta se apresenta. Em outras palavras, a realidade interna está dissociada da externa.
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Texto: Érica Aguiar / Edição: Érika Alfaro / Consultoria: André Carvalho, doutor em História das Ciências e da Saúde pela Fiocruz (RJ) e membro integrante do Núcleo de Psicoterapia Reichiana