Originado de uma febre espiritualista nos Estados Unidos e Europa no ano de 1848, o tabuleiro de Ouija – ou tábua de Ouija – é uma superfície plana com letras, números e indicações de “sim” e “não” acompanhada de um ponteiro móvel. Ele surgiu a partir de uma suposta comunicação de duas irmãs norte-americanas, Kate e Margaret Fox com um vendedor que havia morrido anos antes.
Os adeptos dessa teoria acreditam que seja possível fazer contato real com o mundo dos mortos, mas que o tabuleiro não tem poder em si mesmo, serve apenas como ferramenta de comunicação entre o médium e o mundo espiritual.
Como funciona o tabuleiro Ouija?
A “brincadeira” funciona assim: o participante invoca a presença de espíritos e pergunta algo, depois disso, com o dedo posicionado sobre o indicador móvel, uma mensagem – supostamente do espírito invocado – será formada com as letras e símbolos presentes na tábua.
Você deve estar achando isso semelhante à brincadeira do copo ou do compasso. Pois é, essas duas são variantes da Ouija, uma realizada com as mãos em cima de um copo e a outra em um compasso que gira na direção das letras.
Uma rápida busca pela internet e diversos relatos, dos mais sutis aos mais espantosos, envolvendo parentes mortos, espíritos obsessores e até mesmo forças malignas, surgem narrando o uso do copo, tábua ou compasso para se comunicar com o além. E será que funciona mesmo?
“A ideia de um possível contato com os mortos tem a ver com o fato que um dia também estaremos ‘lá’. Por isso, queremos saber como é e buscamos ferramentas para isso, como o uso do tabuleiro Ouija”, justifica o neurologista Martin Portner.
Filmes com a temática do Ouija
Uma temática tão misteriosa e controversa não ficaria de fora das telonas. O diretor Mike Flanagan, de O Sono da Morte, trouxe o jogo de tabuleiro para o filme lançado em outubro de 2016, Ouija: Origem do Mal, espécie de “continuação ao contrário” para o filme Ouija de 2014.
O enredo se passa em 1967, quando uma viúva ganha a vida aplicando golpes em clientes que buscam contato com familiares que já morreram. Dóris, sua filha, é uma garotinha solitária e pouco popular na escola. Tudo corre bem, até o momento em que a menina descobre um antigo tabuleiro Ouija e tenta se comunicar com o pai falecido. A experiência não acaba bem, já que a menina é possuída por espíritos do mal.
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Texto: Redação – Edição: Victor Santos
Consultoria: Martin Portner, médico neurologista, mestre em neurociência pela Universidade de Oxford, escritor e palestrante