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Batman – O Cavaleiro das Trevas
The Dark Knight (2008)
Diretor: Christopher Nolan | Com: Christian Bale, Heath Ledger e Aaron Eckhart | Premiações: Oscar de Melhor Ator Coadjuvante e Melhor Edição de Som | Duração: 152 minutos.
Ainda que lançado em uma década dominada por filmes de super-heróis, Batman – O Cavaleiro das Trevas se sobrepõe aos demais como uma superprodução de orçamento milionário e campanha de marketing estrondosa, que gerou um novo patamar de como se adaptar quadrinhos para o cinema.
Christopher Nolan desenvolve um Batman compatível com os dias de hoje, sombrio, cheio de defeitos e cercado de tecnologia, interpretado com segurança por Christian Bale. Porém, o que faz do filme uma obra difícil de ser superada é a construção da história em cima de um suspense psicológico. Heath Ledger deixa sua obra-prima na pele do irônico Coringa, e vale destacar os dilemas morais propostos por ele, em especial na cena dos barcos.
Ponto alto: assim como ocorrera no Batman de Tim Burton, o personagem imprevisível do Coringa rouba a cena. Sem se intimidar pela atuação icônica anterior de Jack Nicholson, Heath Ledger defendeu o vilão de maneira perfeita, o que lhe rendeu um Oscar póstumo. O papel seria um dos últimos de sua carreira.
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Os Caçadores da Arca Perdida
Raiders of the Lost Ark (1981)
Diretor: Steven Spielberg | Com: Harrison Ford, Karen Allen e Paul Freeman | Premiações: Oscar de Melhor Direção de Arte, Melhor Edição, Melhor Mixagem de Som e Melhores Efeitos Visuais | Duração: 115 minutos.
Missão difícil encontrar alguém que não saiba quem é Indiana Jones e qual a trilha sonora que o representa. Os Caçadores da Arca Perdida teve a tarefa de introduzir o personagem lendário à audiência, e o fez com perfeição.
O filme é uma típica narrativa de aventura, porém muito mais divertida do que a média, envolvendo a quem o assiste graças a sua ótima edição, ganhadora do Oscar na categoria. A música marcante e os efeitos visuais de ponta também são destaques do longa.
Ponto alto: o visual único de Os Caçadores da Arca Perdida contribui muito para a construção de uma lenda, mas é Harrison Ford que se mostra a melhor escolha para dar vida ao arqueologista, hora herói, hora canastrão, mas sempre cativante. A ótima bilheteria e a rentável franquia que surgiu a seguir comprovam que Indiana Jones jamais abandonaria o imaginário popular.
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Cães de Aluguel
Reservoir Dogs (1992)
Diretor: Quentin Tarantino | Com: Harvey Keitel, Tim Roth e Michael Madsen | Duração: 99 minutos.
Tensão psicológica, violência e situações absurdas e espontâneas. Em seu primeiro longa, Quentin Tarantino mostra porque se tornou um dos nomes mais aclamados do cinema. Feito com os últimos recursos de um já desesperado diretor, Cães de Aluguel viria a se tornar um clássico cult.
Sua história – que apresenta a narrativa não-linear e imprevisível, característica de Tarantino – trata de um grupo de bandidos que, após um assalto fracassado, entra em conflito devido à desconfiança de haver um policial disfarçado entre eles.
Ponto alto: entre obras como Pulp Fiction e Kill Bill, talvez Cães de Aluguel não seja a mais notável do diretor, mas sem dúvidas é a que revelou seu estilo diferenciado. O filme já explora artifícios que estariam presentes em produções posteriores e, por seu pioneirismo, se estabelece como ícone da cultura pop mundial.
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Cidade de Deus
City of God (2002)
Diretor: Fernando Meirelles | Com: Alexandre Rodrigues, Matheus Nachtergaele, Leandro Firmino e Alice Braga | Duração: 130 minutos.
A história da comunidade Cidade de Deus, o tráfico e a pobreza são brasileiros, mas a maneira de se fazer filme de Fernando Meirelles é hollywoodiana, o que fez com que o filme ganhasse não só os públicos nacionais e internacionais, mas também a indicação para quatro Oscars.
Não há cenas nem personagens sem propósito e, juntos, esses dois elementos fazem de Cidade de Deus o melhor filme brasileiro dos últimos 20 anos.
Ponto alto: a montagem acelerada, intercalando vários núcleos em um ritmo alucinado, não deixa o espectador tirar os olhos da tela, e levou Cidade de Deus ao reconhecimento internacional. Outro ponto de ousadia, que é chave para o realismo do filme, é seu elenco formado por atores semi-amadores vindos de comunidades como Cidade de Deus e Vidigal, escolha que fez a atuação brasileira atingir outro patamar de qualidade.
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Clube da Luta
Fight Club (1999)
Diretor: David Fincher | Com: Brad Pitt, Edward Norton e Helena Bonham Carter | Duração: 139 minutos.
Controverso e com um reconhecimento posterior maior do que o imediato, Clube da Luta lista entre um dos melhores filmes de sua década. Uma leitura superficial poderia classificá-lo como mais um filme de pancadaria, mas, passada a primeira camada, a obra revela-se um poço de discussões sobre violência, capitalismo e significados na vida moderna.
Brad Pitt consagra-se em um de seus papéis mais memoráveis, fazendo o contraponto do homem comum, interpretado por Edward Norton, que encontra nos clube de luta um escape para seus dias de mediocridade.
Ponto alto: Clube da Luta torna-se cult por seu roteiro e desfecho surpreendentes, além da ousadia em usar a violência para mergulhar nos conflitos da mente humana e na crítica à sociedade consumista. “As coisas que você possui acabam possuindo você” é uma das citações que representam o espírito do filme.
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Texto: Redação Alto Astral Edição: Nathália Piccoli