O termo que melhor se aplica a esse processo de dar a volta por cima é resiliência. Trata-se de um conceito trazido das Ciências Exatas, mais especificamente da Física.
Nesse campo de estudos, diz-se que a resiliência é a capacidade máxima de um corpo físico de receber pressão sobre si mesmo e se manter em seu estado normal. Ou seja, é o limite da resistência de um corpo que recebe doses generosas de energia e não apresenta qualquer deformação visível e irreversível.
Conseguiu notar alguma semelhança com as pressões, obstáculos e problemas que sofremos no dia a dia? “É justamente assim que acontece com as pessoas”, esclarece a psicóloga Maria Teresa Reginato.
“Algumas aprenderam a tombar e levantar, têm uma base física, psíquica e espiritual que as faz retomar o equilíbrio. Adoecem, mas se recuperam; deprimem, mas logo reagem; têm uma fé que as faz continuar apesar das frustrações”, diz.
Essa energia que tiramos não sabemos bem de onde, e que nos torna aptos de superar as instabilidades e colocar tudo nos eixos novamente, exige uma certa autoconsciência: devemos saber que problemas não são bons, é claro, mas também não são de todo ruins.
“Uma pessoa consciente sabe que o que está acontecendo com ela também acontece na vida dos outros, e que deve procurar aprender a administrar as inconstâncias”, comenta a especialista.
Enxergar a adversidade como chance de crescimento e aprendizado é um desafio. Como toda contenda, pode não ser fácil no início, porém, ao entender que obstáculos são parte integrante de nossa vida e que é, sim, possível crescer com eles, a pessoa se torna a cada dia mais próxima do desenvolvimento de uma inteligência emocional.
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Texto: Victor Santos Edição: Nathália Piccoli
CONSULTORIA: Maria Teresa Reginato, psicóloga.