O papa Francisco, desde que se tornou sumo pontífice em março de 2013, tem um baita desafio: reduzir a queda do catolicismo no mundo – e as mais de 6 milhões de pessoas em sua missa mostram que ele está no caminho certo.
Os desafios do Papa e a queda do catolicismo
O objetivo é contornar as estatísticas e aumentar o rebanho de católicos, que hoje está na casa dos 1,2 bilhão. E os números não são nada favoráveis.
Embora a percentagem dos católicos do mundo, cerca de 17%, tenha se mantido estável nos últimos anos – graças à crescente adesão na África e na Ásia –, esse número não chega a ser animador. Os fiéis na Europa despencam dia a dia. Em 1988, o número de católicos no continente era de 60%; vinte anos depois, o percentual despencou para a assustadora casa dos 37% da população.
No Brasil, o maior país católico do mundo, a situação não é diferente. O índice de 73,6% de católicos em 2005 reduziu para 64,6% da população em cinco anos. No mesmo período, as igrejas evangélicas cresceram 17%.
Driblando os números
A cada aparição em público, Papa Francisco promove o que ele chama de “cultura do encontro”. Isso significa que, em vez do distanciamento da figura papal para com o povo, Jorge Mario Bergoglio age de forma contrária. Faz questão de se aproximar das pessoas, cumprimenta quem está ao seu redor e mantém as janelas abertas nos carros por onde passa, mostrando-se acessível acima de tudo. Essa postura tem surtido efeito.
Em janeiro de 2015, o pontífice reuniu aproximadamente 6 milhões de pessoas nas Filipinas para realizar uma missa – a maior do mundo até hoje registrada. O número surpreendeu até mesmo Papa Francisco, ainda mais por uma forte chuva ter caído pouco antes da celebração. O caso pode até ser pontual, mas mostra a satisfação da população católica com o pontífice e reitera que o líder máximo do catolicismo colocou a Igreja novamente nos trilhos do crescimento.
LEIA TAMBÉM
- Papa Francisco: a importância de um papa latino-americano
- 5 vezes em que o Papa Francisco falou sobre polêmicas
Texto: Natália Ortega – Edição: Victor Santos