O impacto da ansiedade vai além da dificuldade de concentração e produção, chegando em quadros físicos. Pesquisadores da Universidade de Vermont, nos Estados Unidos, descobriram uma ligação entre a ansiedade e as dores crônicas. No estudo, os cientistas relataram o aumento da liberação de uma substância em quadros ansiosos e em casos de dores neuropáticas. O composto se chama polipeptídeo ativador da adenilato-ciclase pituitária (PACAP), e seu trajeto no sistema nervoso foi acompanhado pelos responsáveis da pesquisa.
Eles conseguiram identificar onde o estresse e os caminhos da dor se cruzavam, evidenciando que a ansiedade pode exercer papel nas dores crônicas – que dificultam e até impossibilitam a realização de determinadas tarefas. Dê um tempo Estar moderadamente ansioso com uma viagem, prova ou reunião importante pode ser positivo, porque somos impulsionados a buscar formas de tornar a experiência a melhor possível. Contudo, quando os níveis de ansiedade se tornam muito intensos, reflexos negativos no desempenho tendem a aparecer.
A emoção exerce papel em nossas funções físicas, que, se sobrecarregadas, podem levar a distração, paralisia e descontrole. Por essa razão, é essencial realizar pausas e deixar que seu cérebro se desconecte das preocupações persistentes por alguns minutos. “Uma regra de ouro é ter pausas de regeneração durante o dia. A cada duas horas, fazer pequenas pausas (5 a 10 minutos) para tomar um café, ler uma página de um livro que te inspira, fazer uma breve meditação ou ouvir uma música que te agrada. Pequenos hábitos deixam o dia mais produtivo, reduzindo o estresse e o cansaço mental e físico”, explica Soraia Schutel, especialista em educação corporativa e desenvolvimento de lideranças.
Dicas rápidas
Para não deixar que a ansiedade prejudique seu cotidiano, o neuropsicólogo e professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Thiago Gomes, separou alguns passos que irão ajudar:
1. Organize-se no tempo!
2. Planeje a sua rotina.
3. Respeite os intervalos de descanso.
4. Não tente agradar a todos apenas os trate com respeito e educação.
5. Tenha momentos de relaxamento e descontração com amigos e com a família.
6. Pratique atividade física.
7. Tenha uma alimentação saudável.
8. Seja justo ao se autoavaliar. Respeite as suas limitações.
9. Observe a resposta do seu corpo em cada situação. Mude o seu estado emocional por meio da melhor respiração.
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Texto: Angelo Matilha Cherubini
Consultorias: Thiago Gomes, neuropsicólogo e professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro; Soraia Schutel, CEO da Sonata Brasil, empresa de educação corporativa especializada em desenvolvimento de lideranças.