Em um primeiro momento, dormir de forma inadequada atrapalha a concentração e o foco, seja nos estudos ou no trabalho. Segundo o neurologista Leandro Teles, o cérebro precisa prestar atenção nos estímulos dos sentidos para produzir uma memória: “existe um bombardeio de informações a todo o momento, o sistema de atenção visa fazer uma triagem inicial para escapar dos estímulos poucos relevantes naquele contexto”. Por isso, se você estudar pensando em como está cansado da noite anterior, pode deixar passar informações relevantes, causando o esquecimento. A memória é composta por quatro subprocessos, que são a vivência, atenção, retenção e evocação. O sono é responsável pelo processo de retenção, em que as memórias de longo prazo são processadas e se tornam permanentes. Durante esse momento os novos conhecimentos também são fortalecidos e integrados com os pré-existentes.
Para melhorar a memória, vale investir em uma noite de sono mais eficiente. Criar horários regulares para deitar e acordar é um bom começo para quem tem dificuldade em dormir oito horas por noite. Além disso, a prática de exercícios físicos durante o dia também colabora para um descanso melhor. Evitar a ingestão de bebidas energéticas durante a noite, como café, chás (verde e preto, por exemplo) e refrigerantes de cola é essencial. Aqueles que apresentam dificuldade de pegar no sono podem apostar em técnicas relaxantes, como a massagem, meditação e exercícios de respiração para acalmar a mente e melhorar sua noite de sono.
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Texto: Redação Edição: Angelo Matilha Cherubini
Consultorias: Leandro Teles, Neurologista