Medo: como o cérebro age na hora que sentimos?

Entenda o que se passa no seu cérebro na hora que sentimos aquele medo de um filme de terror – e porque essa sensação logo passa

- FOTO: iStock.com/Getty Images

Quando assistimos a um filme com cenas terríveis, o cérebro entra em ação e nos provoca as tradicionais sensações de medo. A amígdala é a região do cérebro que mais está envolvida nesse processo. “Ela é conhecida por seu papel no armazenamento de memórias associadas a eventos emocionais, registrando o evento com medo para que possamos lembrar e evitá-lo no futuro”, explica a psicoterapeuta Monica Pessanha.

 

Medo: como o cérebro age na hora que sentimos?

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Amígdala, cérebro e medo

Ao identificar determinado som ou movimento que seja uma possível ameaça de stress, estímulos sensoriais são enviados para a área do cérebro denominada tálamo, que decide para onde encaminhar esses estímulos. A partir de então, a amígdala e as regiões do córtex cerebral e do hipocampo trabalham em conjunto.

O trabalho dessas áreas do cérebro consiste em preparar o organismo da pessoa para reagir. Neurotransmissores são liberados, e substâncias como adrenalina e dopamina vão para o sangue. Tais neurotransmissores levam a respostas fisiológicas e comportamentais, que, de acordo com a psicoterapeuta, “no geral, consistem num aumento da transpiração e da frequência cardíaca, dilatação das pupilas, constrição dos vasos sanguíneos e dilatação dos brônquios, que modificam a respiração”. Nessa hora, a região cerebral do hipotálamo diz que é hora de iniciar a reação de luta ou fuga.

E o que isso tem a ver com a nossa fixação com filmes de terror? É que, a partir do momento em que o cérebro identifica que essa situação de tensão e medo na verdade é “de mentirinha”, o corpo restaura o equilibro, se “adapta” ao ambiente amedrontador do filme – desistindo da reação de luta ou fuga – e a produção de neurotransmissores é cancelada. Ao mesmo tempo, o fato de ter ocorrido o aumento de substâncias como a dopamina atrai sensações prazerosas, e isso é algo que pode ajudar a justificar a paixão de certas pessoas por psicopatia nas telonas.

 

 

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Texto: Victor Santos
Consultorias: Monica Pessanha, psicoterapeuta e mantenedora da oficina terapêutica Brincadeiras Afetivas; Silvia Barros, psicóloga clínica

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