Já ouviu falar no holandês Maurits Cornelis Escher (1898 – 1972)? Este pintor foi um dos grandes mestres a criar figuras e cenários impossíveis de ocorrer no mundo real, por meio de xilogravuras, litografias e usos de meios-tons. Questionamentos sobre a perspectiva e a representação de imagens em três dimensões estão no núcleo de seu trabalho.
Escher cria escadas para todos os cantos
Logo abaixo, está uma de suas obras mais famosas, chamada Relativity (1953), que desafia as leis da gravidade. As escadas na imagem podem levar pessoas para cima e para baixo, criando efeitos paradoxais, quebrando as regras tradicionais da pintura. Geralmente, nós estamos acostumados a ver sombras nos levando a lugares mais distantes. Porém, Escher ilumina essas áreas para nos desorientar. Ao brincar também com diferenças de tonalidades nas texturas e perspectivas, os efeitos de profundidade embaralham a visão.
Para onde vai a água?
A seguir, podemos ver oura obra de Escher, chamada Waterfall (1963), que também envolve ilusão de ótica. À primeira vista, parece que a água cai perto do moinho. Então, essa estrutura a empurra pelo leito do rio, indo para… cima? Muito estranho, não é? “Alguns desenhos, como esse de autoria de Escher, nos confundem por fazerem um jogo com as linhas paralelas”, explica o professor de física Patrick de Almeida Pinto. A obra também envolve dois triângulos de Penrose, um objeto impossível criado pelo artista sueco Oscar Reutersvärd.
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TEXTO: Ricardo Piccinato – CONSULTORIA: Patrick de Almeida Pinto, professor de física.