Pode ser que a fama de Idade das Trevas dada a esse período da História também tenha a ver com o tom encardido que a pele das pessoas adquiria, com hábitos de higiene bem diferente do que temos hoje em dia! A Igreja Católica defendia a ideia de que água fazia mal para a saúde e que uma camada de sujeira “natural” no corpo protegia contra doenças. E essa ideia deu origem a tradições que carregamos até os dias atuais, muitas vezes sem saber o motivo!
Sem querer ninguém se entusiasmando a ficar pelado, o banho propriamente dito (já que no dia a dia só rolava uma toalha úmida) acontecia uma vez por ano e olhe lá. Primeiro ia o chefe da família, seguido dos demais homens, mulheres e crianças, sempre por ordem de idade. Quando chegava a vez dos bebês entrarem na tina, a água provavelmente já sujava mais do que limpava.
Tradições até os dias atuais
Sem banho como palavra de ordem, óbvio que um cheirinho nada agradável de cecê reinava. E quem gosta de aguentar suor alheio, ainda mais em casamentos? A alternativa era encher a carruagem da noiva de ramos de flores que disfarçassem o mau cheiro – daí a tradição de se carregar buquês em tais eventos.
A fama de o mês de maio ser o das noivas também tem origens na Idade Média. É que era corriqueiro a maioria das cerimônias ocorrerem entre maio e junho, logo após o primeiro banho do ano, quando os odores do corpo ainda eram um pouco mais toleráveis.
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Texto: Carolina Vieira e Victor Santos Edição: Érika Alfaro