Com o tempo a sociedade vem aceitando e compreendendo que a definição de gênero vai além entre homem e mulher. Por isso, o uso do gênero neutro já é realidade em muitos países em todo o mundo. Confira!
Mundo neutro
Em 2015, a Suprema Corte da Índia reconheceu a existência de um terceiro sexo. Antes restrita às hijras (grupo formado por transexuais do país, Paquistão e Bangladesh, vistas como uma espécie de semideusas), a definição agora pode ser estendida a toda a população transgênera. Dois anos antes, a Alemanha já oferecia a opção “sexo indefinido” no registro de crianças, para pais que não quisessem impor gêneros aos filhos. Outro caso marcante foi da Suécia. Na mais recente atualização do dicionário oficial, o pronome hen vem como alternativa aos masculino han e feminino hon. A nova terminologia se refere às pessoas que não revelam seu gênero. O termo surgiu na década de 1960 e, nas últimas décadas, passou a ser usado pelas comunidades trans do país.
Caso real
A Austrália também reconhece o gênero neutro. A Suprema Corte atestou o uso a pedido de uma pessoa chamada Norrie, que não se identificava como homem nem como mulher. Nascida com o sexo biológico masculino, Norrie passou por cirurgia de mudança de sexo em 1989, mas a intervenção não conseguiu solucionar a identidade de gênero. A australiana, então, entrou com um processo na justiça para que a neutralidade fosse aceita no país.
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Texto: Augusto Biason/colaborador – Edição: Natália Negretti