O Rei Leão
The Lion King (1994)
Diretores: Roger Allers e Rob Minkoff | Com: Matthew Broderick, Jeremy Irons e James Earl Jones (vozes) | Premiações: Oscar de Melhor Canção Original e Melhor Trilha Sonora | Duração: 89 minutos.
A animação dos estúdios Disney já completou impressionantes vinte anos, e possui uma magia difícil de descrever em tão poucas palavras. Só mesmo quem assistiu sabe a sensação que é acompanhar essa grande aventura, que une paisagens magníficas, números musicais históricos e uma narrativa com inspiração shakespeariana.
Tem de tudo: o leão que arma a morte do irmão por inveja e poder, o príncipe que volta para retomar o que é dele, e uma história de amor e amadurecimento. São diversos os elementos bem-sucedidos que agradam crianças e adultos, e o resultado é uma verdadeira reflexão sobre as responsabilidades que todos nós temos no ciclo da vida.
Ponto alto: a performance de Hakuna Matata (Hatuna, na versão brasileira), da ótima dupla de coadjuvantes Timão e Pumba. É impossível não se esquecer dos dois confortando um desolado Simba, exilado após a morte do seu pai, com o refrão certeiro “Os seus problemas, você deve esquecer / Isso é viver, é aprender / Hatuna Matata”.
O Mágico de Oz
The Wizard of Oz (1939)
Diretor: Victor Fleming | Com: Judy Garland, Frank Morgan, Ray Bolger, Bert Lahr e Jack Haley | Premiações: Oscar de Melhor Canção Original e Melhor Trilha Sonora | Duração: 102 minutos.
Ao assistir ao marcante O Mágico de Oz, demora para cair a ficha de que estamos diante de um longa de mais de 70 anos.
Seja pela música Over The Rainbow ter atravessado gerações e permanecer firme em nosso imaginário, seja pela narrativa envolvente ou ainda pelos efeitos especiais avançadíssimos para a época em que foi rodado – talvez por todos esses fatores interligados.
Fantasia
Fantasia (1940)
Diretor: Norman Ferguson | Com: Leopold Stokowski, Walt Disney e Deems Taylor (vozes) | Duração: 125 minutos
Uma coletânea de oito segmentos animados formam o filme embalado por música clássica de Leopold Stokowski. Fantasia é mais uma das ousadias de Walt Disney em uma época em que até a produção de longas de animação era vista com desconfiança.
O seu idealizador, assim como o diretor, que atua como um maestro na montagem dos curtas, aliou personagens que já se tornavam eternos, como Mickey Mouse, com experimentações imagéticas e narrativas no ramo, além de uma trilha sonora impecável, para fazer outro clássico de sua carreira. Ainda como destaque da trilha sonora, apresentada pela Orquestra Sinfônica da Filadélfia, foi o inovador sistema de som para a época, batizado de Fantasound.
Ponto alto: Fantasia é um desfile de imagens sensoriais, com cores e sons que se misturam, deixando como legado eternas revisitações a cada um de seus segmentos. Destaque para a sequência de O Aprendiz de Feiticeiro, que se sobrepõe às demais e dá a Mickey Mouse uma de suas aparições mais notórias nas telas de cinema.
Branca de Neve e os 7 anões
Snow White and the Seven Dwarfs (1937)
Diretores: William Cottrel, David Hand, Wilfred Jackson, Larry Morey, Perde Pearce e Ben Sharpsteen | Com: Adriana Caselotti, Harry Stockwell e Lucille La Verne (vozes) | Duração: 83 minutos
Todo o império que as produções da Disney viriam a ser, em especial as que envolvem princesas e contos de fada, deve muito ao inovador Branca de Neve e os 7 Anões. Sua importância é tanta que Walt Disney ganhou Oscar Honorário pelo trabalho como produtor, acompanhado de outras sete miniaturas, representando os anões, personagens eternizados pela obra. Branca de Neve ainda inaugurou os “Clássicos Disney”, seleto hall de filmes da marca.
Ponto alto: primeiro longa-metragem de animação produzido para o cinema, Branca de Neve e os 7 Anões chegou para provar que o gênero era possível e, mais do que isso, poderia ser rentável e de qualidade. O fato de que todas as suas cenas foram desenhadas à mão, sem recursos básicos dos nossos dias, só aumenta o seu valor histórico e o talento pioneiro de todas as pessoas envolvidas em sua produção.
A Bela e a Fera
Beauty and the Beast (1991)
Diretores: Gary Trousdale e Kirk Wise | Com: Paige O’Hara, Robby Benson e Richard White (vozes) | Premiações: Melhor Trilha Sonora e Melhor Canção Original| Duração: 84 minutos.
Toda produção da Disney já é forte candidata a clássico antes mesmo de ser lançada, e A Bela e a Fera não decepciona. Foi a primeira animação a ser nomeada para o Oscar de Melhor Filme, tendo levado os prêmios de Melhor Trilha Sonora e Melhor Canção Original, para Beauty and the Beast (ou Sentimentos São na versão brasileira). A música, inclusive, é um dos pontos altos do filme, que chegou a ser chamado pela crítica de “o melhor musical da Broadway fora da Broadway”.
Nenhuma sequência musical existe sem propósito e funciona para apresentar personagens e revelar facetas do enredo, por exemplo, os planos de casamento de Gaston ou a mudança de atitude da Fera.
Ponto alto: já que a música-tema é a cereja do bolo de A Bela e a Fera, a cena que a acompanha é de igual ou maior grandiosidade. A dança do casal principal já conquistou seu lugar entre as mais antológicas do cinema. Vale lembrar também o pioneirismo da produção em mesclar técnicas 2D e 3D de animação, percebida nos ambientes renascentistas do longa.
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Texto: Redação Alto Astral Edição: Nathália Piccoli