É comum ficar bravo com si mesmo por esquecer informações do dia a dia. Quantas vezes você estava em um cômodo e ao se dirigir a outro para executar alguma tarefa, esqueceu o que estava fazendo? Apesar de toda a frustração que esse processo causa, esquecer é considerado normal e pode ser até saudável para o cérebro. Diferentes tipos de memória podem ser esquecidos em intensidades variadas. Por exemplo as memórias sensoriais, que são aquelas relacionadas aos sentidos e que registram os estímulos do ambiente. Esse tipo de memória é armazenado de forma desorganizada e tem curtíssima duração.
Por isso, a menos que haja um fator emocional forte que faça a memória se tornar de longa duração, dificilmente você é capaz de lembrar a textura da roupa que está vestindo sem tocá-la, por exemplo. Esse tipo de esquecimento costuma ocorrer por que a informação é processada no córtex pré-frontal do cérebro, dependendo da descarga elétrica em neurônios dessa área. Quando o estímulo acaba, as memórias se perdem. O cérebro possui um mecanismo que filtra as memórias que são importantes das que não são, selecionando o que deve ser guardado do que pode ser descartado, passando pelas emoções como fator de seleção, explica o neurocientista Iván Izquierdo: “o cérebro assim está constituído. As vias nervosas que se encarregam das emoções estão interligadas com as da memória”.
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Texto: Redação – Edição: Angelo Matilha Cherubini
Consultorias: Iván Izquierdo, professor de neurologia da Pontíficia Universidade Católica do Rio Grande do Sul