Da mesma forma que as reações do dono acabam ensinando, involuntariamente, o cachorro a ter comportamentos inadequados, muitas vezes é a atitude do dono que faz o gato ter um bom ou mau comportamento. Os animais de estimação dependem do dono para obter comida, água, carinho, atenção, passeios, etc. Então, acabam desenvolvendo técnicas de conseguir o que necessitam de forma imediata. Uma vez que o dono responde aos apelos do bichano, ele compreende que o que fez é um bom caminho para atingir seu objetivo.
Apelando para o cansaço
Ao miar insistentemente, por exemplo, o dono se incomoda e põe comida no potinho do gato – a partir daí, o miado insistente vai permanecer sempre… Prova de que grande parte das emissões sonoras são dirigidas aos humanos é um estudo de psicologia evolutiva realizado pelo pesquisador Nicholas Nicastro, da Universidade de Cornell, nos Estados Unidos. Uma gravação de 100 miados de 12 gatos foi tocada para dois grupos de voluntários. O primeiro teve de dar uma nota de 1 a 7 conforme o nível de prazer comunicado em cada uma das vocalizações dos felinos. O segundo grupo deu notas na mesma escala tomando como critério a urgência ou a aflição dos miados. As vocalizações mais longas ganharam notas altas em aflição e baixas em prazer – e é justamente o tipo de miado usado pelo gato com fome. Já os miados mais curtos receberam notas altas em prazer a baixas em urgência. Ou seja – depois de um tempo de convivência, os donos acabam compreendendo seus felinos até pela voz.
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Texto: Da redação