Como é o exorcismo na doutrina espírita

Para a doutrina espírita, um espírito inferior é responsável por uma perturbação

- Foto: iStock.com/Getty Images

A doutrina espírita parte do princípio de que não existem entidades do mal. O que estaria perturbando uma pessoa seria algum espírito inferior, em processo de evolução, mas que busca certo tipo de vingança. Dessa forma, não existe o emprego da palavra “possessão” ou “exorcismo”, já que não é considerada a hipótese de dois espíritos ocuparem o mesmo corpo simultaneamente. “Possessão pode acontecer, não como alguém que invade uma casa, mas como uma pressão magnética e mental que domine a vontade da vítima, levando-a a um comportamento alienado”, explica o expositor espírita Richard Simonetti.

Níveis de perturbação

Antes do domínio da pessoa, há outros níveis de perturbação. A primeira é a obsessão, quando ideias negativas passam a dominar a mente do indivíduo. Em seguida, pode ocorrer a fascinação, na qual a pessoa realiza atos negativos. O terceiro nível é a subjulgação, em que somente então, o espírito obsessor passa a ter controle sobre o corpo da pessoa obsediada. Todas essas situações somente são possíveis se o indivíduo permitir.

“Como está na questão 551 de O Livro dos Espíritos, de Alan Kardec: ‘os espíritos maus não têm o poder de produzir o mal. Apenas o desenvolvem nas pessoas que o cultivam’”, salienta Simonetti. Por exemplo, o alcoolismo pode ser induzido pelo espírito obsessor em quem tem vocação para a ingestão de álcool.

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Ritual

O “exorcismo” espírita se dá por meio de reuniões mediúnicas de desobsessão realizadas em centros espíritas. O ideal é que a pessoa obsediada esteja presente, juntamente com um médium e um doutrinador. Ali, a espiritualidade, que são os espíritos do bem, propicia o diálogo com o espírito por meio do médium e o intermédio do doutrinador.

“O espírito, muitas vezes, se manifesta, e nós vamos aconselhá-lo. É um diálogo que visa o perdão”, explica o palestrante espírita Tatto Savi. São necessárias várias sessões para que o espírito comece a ir embora, e isso se torna visível com a melhora do obsediado. “Mas nada funciona se o obsediado não mudar o comportamento”, frisa Savi.

Assim, também é preciso a colaboração da pessoa perturbada, para que passe a praticar somente atos do bem. Ainda é imprescindível fazer reuniões de desobsessão a distância, quando há vibrações em favor de espíritos perturbados.

 

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Texto:  Natália Negretti

Consultoria: Richard Simonetti, expositor espírita; Tatto Savi, palestrante espírita e professor do Curso de Orientação e Educação de Mediunidade (Coem)

 

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