Em sua teoria sobre os sonhos, trabalhada no livro publicado em 1899 A Interpretação dos Sonhos, o neurologista austríaco Sigmund Freud elencou as seis categorias do processo onírico:
1) Os sonhos são realizações de desejos
É uma das categorias mais importantes para a teoria psicanalítica, já que atribui aos sonhos a contemplação de nossas vontades mais intimas. “Os sonhos são processos primários que produzem o modelo de experiência e satisfação”, relatou Freud.
2) As ideias oníricas são de caráter alucinatório
Para o pai da psicanálise, “fecha-se os olhos e alucina-se; torna-se a abri-los e pensa-se com palavras”. Ainda de acordo com o pai da psicanálise, o sonho oferece uma possibilidade de regressão.
3) Nos sonhos, as conexões são absurdas, contraditórias ou estranhamente loucas
Isso acontece por conta de dois fatores: a “compulsão associativa”, na qual duas catexias (processos em que a energia da libido disponível na psique é vinculada à representação mental de uma pessoa) coexistentes devem se colocar em conexão mútua, e o esquecimento que atinge boa parte dos sonhos é causado por insuficiente catexia do ego, por isso, quando tentamos nos recordar, temos acesso a algumas partes dos sonhos.
4) Os sonhos carecem de descarga motora
Tal fato explica por que ficamos paralisados em muitos sonhos.
5) A lembrança dos sonhos é fraca
Por conta disso, eles causam poucos danos se comparados com outros processos primários.
6) Nos sonhos, a consciência fornece qualidade tal como na vida desperta
Isso se deve ao fato de que, segundo Freud, a consciência não se restringe ao ego. Além disso, os processos primários não se identificam com o inconsciente.
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Texto: Thiago Koguchi – Edição: Giovane Rocha/Colaborador
Fonte: Livro A Interpretação dos Sonhos, de Sigmund Freud