No último mês de janeiro, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) aprovou o registro do primeiro medicamento à base de maconha. Depois de anos de espera, os pacientes com epilepsia podem ter acesso ao remédio, que se mostrou eficiente no combate às crises convulsivas.
Epilepsia
A epilepsia é causada por uma disfunção nas redes cerebrais e tem entre seus sintomas as convulsões. A causa pode ser por nascença ou trauma físico, e o tratamento é realizado com o uso de medicamentos contínuos que controlam as descargas elétricas no cérebro que estão desreguladas.
Quando essa alternativa não funciona para o paciente, os princípios ativos da maconha podem ser a salvação, principalmente o canabidiol (CBD), que apresenta os melhores resultados no controle das crises. Os efeitos positivos também podem ser vistos nas síndromes de Dravet e a de Lennox-Gastaut.
Em 2013, a rede de televisão americana CNN relatou a história de uma criança do estado do Colorado, que, após começar a usar a medicação com canabidiol teve resultados impressionante. De 300 convulsões por dia, a garota passou a ter apenas uma crise diária.
Mal de Parkinson
Pesquisadores da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da USP realizaram um estudo, pela primeira vez em humanos, no qual o canabidiol mostrou ser eficiente e melhorou a qualidade de vida e bem-estar em pacientes diagnosticados com o Parkinson.
O que mais impressionou os cientistas foi a ausência de efeitos colaterais, o que representa um grande avanço no tratamento da doença. O canabidiol foi fornecido por uma empresa alemã, em forma de pó, com 99% de pureza, e sem qualquer traço do THC, substância pressente na maconha, mas com propriedades não benéficas.
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Texto: Redação Edição: Angelo Matilha Cherubini