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Pesquisa mostra que 30% das pessoas relataram alterações em seu transtorno alimentar devido a algum sofrimento emocional
Entre os transtornos alimentares mais conhecidos estão: anorexia, bulimia e a compulsão - Shutterstock

Comportamento

Transtorno alimentar: estresse pode agravar condição

Pesquisa mostra que 30% das pessoas relataram alterações em seu transtorno alimentar devido a algum sofrimento emocional

Transtorno alimentar é coisa séria. Principalmente se ele é agravado por algum tipo de situação emocional, como o estresse, viu? Segundo levantamento realizado pelo Programa Mental Health, aproximadamente 30% das pessoas que buscam atendimento fazem referência a alguma alteração nos hábitos alimentares por conta de algum tipo de sofrimento emocional.

Situações de estresse podem desencadear distúrbios alimentares em pessoas que têm predisposição a esses tipos de transtornos”, explica a psiquiatra Luciana Vargas.

De acordo com a médica, transtornos alimentares possuem causas multifatoriais que abrangem genética e ambiente. Além disso, existe um período da vida em que o problema costuma ter início: na adolescência.

“Existe a possibilidade de redes sociais funcionarem como gatilhos para distúrbios alimentares, sobretudo em adolescentes, pois potencializam a divulgação de padrões de beleza inacessíveis”, acrescenta.

A psiquiatra Luciana Vargas enfatiza o efeito da pandemia entre os jovens nos aspectos de saúde mental e a relação com a alimentação. “De acordo com estudo recente, publicado na revista Pediatrics, a hospitalização de adolescentes nos Estados Unidos por transtornos alimentares mais que dobrou nos primeiros 12 meses de pandemia quando comparado aos últimos três anos antes da Covid-19.”

Compulsão alimentar, bulimia e anorexia são os transtornos mais conhecidos. Os pacientes têm, em comum, uma forte crença de distorção de sua imagem corporal.

O tratamento deve ser multidisciplinar, com psiquiatra, psicólogo, nutricionista e clínico geral. “A abordagem terapêutica envolve psicoterapia cognitivo-comportamental e o uso de antidepressivos como inibidores seletivos da recaptação de serotonina ou o uso de agentes para o comer compulsivo”, esclarece a médica.

“Fiquei 22 anos doente”, diz Daiana Garbin

A jornalista e escritora Daiana Garbin, uma das vozes mais influentes quando o assunto é saúde, contou sobre o período em que sofreu transtornos alimentares:

 

“Hoje sei que começou aos 12 anos. Porém, tive o diagnóstico e iniciei o tratamento apenas aos 34. Foi um período de sofrimento imenso. Naquela ocasião, eu não sabia que transtorno alimentar era uma doença, tinha tratamento e cura”, conta.

 

Daiana é autora do livro "Fazendo as pazes com o corpo" (Editora Sextante, 2017). “A pior coisa em casos de transtorno alimentar é a família desmerecer esse sofrimento. Isso acontece muito nas doenças mentais, pois como são silenciosas, as pessoas sentem dificuldade de acreditar na dor que causam”, afirma.

Ajuda aos diferentes casos

Pesquisas apontam que a anorexia nervosa é um distúrbio alimentar com alta taxa de mortalidade; entre 15% e 20%. Os pacientes correm o risco de restringir o consumo de alimentos a ponto de atingirem um grau extremo de desnutrição. Porém, continuam a se sentir gordos. É alta a incidência em mulheres jovens, especialmente.

Portadores de bulimia, por sua vez, apresentam episódios incontroláveis de consumo de alimentos e, em seguida, têm reações desproporcionais para evitar ganho de peso, como provocar vômito e usar medicamentos laxantes. Já o transtorno da compulsão alimentar come exageradamente e sofre em virtude da falta de controle sobre a ingestão da comida.

A psiquiatra Luciana Vargas salienta que não se deve insistir para um paciente comer ou parar de comer, já que essas doenças envolvem negação de seu estado e falta senso crítico em relação ao problema. “No entanto, é fundamental insistir para que busque ajuda de profissionais de saúde especializados em transtornos alimentares”, diz.

“Em geral, pensamos que sofrimento com comida se refere a quem não tem o que comer, e não com quem tem acesso a alimento. Essa doença é complexa e envolta em muitos preconceitos – mas tem cura!”, finaliza Daiana Garbin.

Fonte: Luciana Vargas, doutora e mestre em Psiquiatria e Psicologia Médica pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) e psiquiatra da rede Care Plus.

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