Comportamento

Mel Maia: idade não define a relação, mas mulher é sempre julgada

Ao analisar os casos de Mel Maia e Bianca Andrade, psicoterapeuta aponta que o julgamento em relação à idade da mulher é uma questão estrutural

Mel Maia teve um affair com o ex-BBB Arthur Picoli, anos mais velho que a atriz - Reprodução / Instagram @melissamelmaia e @arthurpicoli

O nome de Mel Maia anda em alta na web após a atriz revelar que já ficou com o ex-BBB Arthur Picoli. Desde então, os internautas resolveram julgar a atitude de ambos, sobretudo pela diferença de idade. Vale lembrar, porém, que ela já completou 18 anos, logo, não haveria nenhum problema legal diante disso. 

E o mesmo aconteceu com Bianca Andrade, viu? A empresária sofreu vários ataques nas redes sociais ao vazar a informação de que ela teria beijado João Guilherme, alguns anos mais novo. Mais uma vez, os dois envolvidos eram maiores de idade e, mesmo assim, sofreram com o tribunal da internet. 

Com isso, a pergunta é: se idade não define relação, por que as mulheres sempre são julgadas? Mel Maia foi condenada por beijar alguém mais velho, enquanto Boca Rosa, alguém mais novo. Aparentemente, a idade nem importa tanto assim, o que vale mesmo é julgar sempre — e a qualquer custo — a mulher. 

Preconceito estrutural

Segundo a psicoterapeuta Adriana Weitzel, esse comportamento da sociedade perante os dois casos é fruto de um machismo estrutural. Dessa forma, vivemos em um sistema em que os julgamentos cairão sempre para as mulheres, já que os homens tendem a ter mais privilégios e autoridade moral — assim, ele pode fazer tudo. 

"Foi construído ao longo dos anos, através de religiões e mitologias, esse papel em que a mulher é cuidadora, submissa e não pode fazer o mesmo que os homens. Hoje, lutamos para mudar esse pensamento. Isso fica evidente quando uma mulher quer ficar com alguém mais novo ou mais velho. Ela é julgada e até por outras mulheres, já que isso está enraizado", argumenta. 

Os homens mais novos

Por que parece tão errado uma mulher mais velha ficar com um homem mais novo? O preconceito é a resposta. Adriana destaca que essa diferença de idade vai causar muitos desafios às mulheres, que aumentam conforme a faixa etária. Para uma mulher de 50 anos, por exemplo, o namorado pode ser visto como filho, principalmente em locais públicos, causando uma situação constrangedora. Afinal, a sociedade se recusa a ver aquelas duas pessoas como um par romântico. 

"Para lidar com isso, ela vai precisar se fortalecer emocionalmente, porque essas questões externas vão reverberar internamente, podendo causar insegurança e até abalar sua autoestima. Por isso, precisa entender seu valor e compreender que está tudo bem ficar com quem quiser, independentemente da idade", orienta a psicoterapeuta.

 
 
 
 
 
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E os homens mais velhos

No caso do envolvimento com homens mais velhos, o estereótipo pode ser ainda maior, mas não para o sexo masculino. Isso porque o relacionamento deles com mulheres mais novas já é histórico e bem aceito. Por outro lado, é comum que a mulher seja vista como interesseira ao entrar nessa relação. 

"Esse possível interesse é um problema que pode ter, claro. Mas, socialmente, as pessoas lidam melhor com esse formato de relação, partindo do princípio que alguém mais velho já é mais maduro, estruturado financeiramente e traz mais segurança. Portanto, há mais aceitação", comenta a especialista. 

Nem certo, nem errado

Se Mel Maia foi julgada por se relacionar com alguém mais velho e Bianca Andrade, com alguém mais novo, existe uma mensagem importante nisso tudo: talvez o problema não esteja, de fato, na idade, mas em ser mulher. Como Adriana apontou, o ato de julgar mulheres é histórico, estrutural e comum.

Desse modo, não é possível estabelecer certo ou errado, mas apenas a certeza de um julgamento que vai acontecer mais cedo ou mais tarde. Por isso, é importante tentar viver ao máximo sem a preocupação de agradar as pessoas ou dar ouvido às críticas maldosas. Se faz bem à mulher, é o que importa! 

Fonte: Adriana Weitzel, psicoterapeuta especialista em independência emocional e financeira. 

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