Um caso de traição envolvendo o jogador Neymar ganhou os noticiários do país. Isso porque, além de ter ocorrido na véspera do Dia dos Namorados, há ainda outra situação delicada: Bruna Biancardi, atual parceira do futebolista, está grávida.
A influenciadora que acabou se envolvendo com o jogador de futebol revelou inicialmente que não sabia que Neymar tinha um relacionamento. Ela também fez questão de compartilhar todas as provas que possuía para comprovar sua versão.
Com toda a repercussão, Neymar acabou assumindo sua traição e compartilhou em suas redes sociais um pedido de desculpas para sua atual parceira, Bruna. “Vi o quanto você foi exposta, o quanto você sofreu com tudo isso e o quanto quer estar ao meu lado. E eu ao seu lado. Errei”, diz um dos trechos da carta aberta do jogador.
Até o momento, Bruna Biancardi se manteve em silêncio, então não se sabe qual a sua decisão no meio de tudo isso. Essa situação traz uma reflexão para um dilema presente na vida de muitos casais. Afinal, é possível ou não perdoar uma traição?
Para entender melhor sobre esse processo, conversamos com Luana Ganzert, que é psicóloga e especialista em emoções. Ela explicou sobre a reestruturação da confiança e se é possível levar um relacionamento adiante após uma traição.
1) É possível perdoar uma traição?
De acordo com a especialista, a traição é um assunto que traz muitas controvérsias, mas que depende de cada pessoa. “Alguns falam que é impossível perdoar, porque a dor ainda está latente, outros dirão que o perdão faz parte de se tornar um bom ser humano. Alguns ainda perdoam mas, sobretudo, escolhem não não seguir a vida a dois porque perdoar é diferente de confiar novamente. Independente de todas as visões sobre traição, eu construo com os pacientes que me procuram que o perdão sempre será a melhor escolha para não vivermos amarrados a dor. Se você não quiser mais sofrer com o assunto, melhor liberar logo a dor que fica incomodando nosso coração quando nos sentimos traídos”, comenta Luana.
2) Existe um caminho menos doloroso para isso?
“Qualquer dor sentida é dor! Não existe uma dor maior ou menor, existem formas diferentes de sentir a dor. Isso é o que diferencia as pessoas quando elas sofrem algum impacto emocional. A traição por exemplo, pode ser algo muito doloroso para algumas pessoas, enquanto para outras, a dor é passageira. O ideal é perceber o quanto esse sentimento de traição está impactando a sua vida, a sua saúde, mental e física, as outras relações, e seu desempenho em outras áreas. Se o impacto perdurar por bastante tempo, e você não conseguir retornar a vida com leveza e sentido, o melhor caminho é buscar ajuda terapêutica”, revela a psicóloga.
A exposição pública de toda a situação
Muitas pessoas criticaram Neymar após a publicação da carta aberta, por expor ainda mais sua atual companheira. Mas a psicóloga defende postura. “Depois que você se torna alguém público, qualquer ação que faça se também se torna alvo de comentários a favor e contra. Depois de ver o pedido de perdão do Neymar em público, senti que ele só desejava mostrar que assim como nós, ele também erra”.
“É importante entender que, quando erramos, cada um de nós, irá se defender com as armas que se tem. Então, olhar o comportamento de Neymar, de se redimir em público, como uma forma, talvez uma das únicas formas, visto que os seguidores esperam o seu posicionamento, seria o mais ideal para o momento que ele vive”, finalizou a especialista.
