Comportamento

Burnout: mitos e verdades sobre a síndrome do trabalho

O esgotamento profissional é o principal responsável pela Síndrome de Burnout, já considerada uma doença trabalhista; saiba mais

A Síndrome de Burnout passa por 4 estágios - Shutterstock

Todo mundo sabe que trabalhar demais não faz bem para a saúde e causa cansaço excessivo para mente e corpo. Entretanto, o excesso de estresse profissional é a causa de uma doença que vem acometendo cada vez mais trabalhadores: a Síndrome de Burnout. Em ranking mundial, o Brasil já ocupa segundo lugar, conforme dados da Internacional Stress Management Association (ISMA-BR). 

E esse assunto não é só "coisa de LinkedIn", viu? A Organização Mundial de Saúde (OMS) reconheceu o Burnout e incluiu essa síndrome na lista de doenças ocupacionais, ou seja, se diagnosticados, os profissionais brasileiros podem ter acesso a benefícios e auxílios do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). 

"É um estresse laboral crônico integrado por atitudes e sentimentos negativos que traz sofrimento psíquico, reduz muito a qualidade de vida e dificulta a mobilização de recursos internos em busca de um reequilíbrio físico e emocional", explica a psicóloga Janete Knapik. 

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Esgotamento físico e mental está presente no Burnout (Foto: Shutterstock)

 

Mitos e verdades sobre a Síndrome de Burnout

Abaixo, Janete esclarece dúvidas bastante comuns sobre o tema. Confira! 

O Burnout acontece uma vez só, como um surto — MITO! 

Na verdade, a doença passa por quatro estágios principais: no primeiro, o estresse é positivo e traz motivação; no segundo, ele se torna negativo e dá aquela sensação de não dar conta de tudo; no terceiro, vem quase a exaustão acompanhada de muitos sintomas físicos e mentais; no quarto, a exaustão chega para valer e o Burnout acontece. 

Existe prevenção contra a doença — VERDADE!

Totalmente! Além da rede de apoio e da psicoterapia, outros fatores podem ajudar a prevenir a síndrome, como uma boa noite de sono, alimentação equilibrada, ambiente de trabalho positivo e cuidado com o emocional. 

Trabalhadores antigos não sofriam com a síndrome — MITO!

É comum que doenças, principalmente mentais, sejam vistas como contemporâneas, mas isso não é verdade. O trabalho exaustivo — causa da doença — sempre aconteceu, porém, hoje, a psicologia está mais desenvolvida e existe um olhar mais cuidadoso com a saúde mental. Assim, embora agora se fale mais dessa questão, ela sempre existiu. 

O tratamento sempre precisa de medicação — MITO

Os medicamentos estão entre as opções de tratamento da doença, porém, seu uso vai depender de cada caso. Afinal, por ser uma doença multifatorial, outros fatores também precisam ser tratados e isso vai além dos remédios. 

Trabalhar menos ou mudar de emprego é a solução — NEM SEMPRE!

Depende! Como o Burnout vem do esgotamento profissional, trabalhar menos será um dos requisitos de tratamento. Ainda assim, a carga horária não é o único ponto a ser visto, portanto, se outros ajustes não forem feitos, essa mudança isoladamente pode não funcionar. O mesmo vale para mudar de emprego ou carreira: é preciso também mexer na qualidade de vida como um todo. 

Burnout e depressão são distúrbios diferentes — VERDADE!

Sim! Um profissional acometido pela síndrome pode experimentar a depressão como sintoma, assim como alguém pode ter Burnout e não sentir nada semelhante ao transtorno depressivo. Ou seja, são duas condições diferentes. 

Fonte: Janete Knapik, psicóloga e professora do curso de Psicologia da Universidade Positivo (UP). 

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