Também chamada de micropigmentação ou dermopigmentação, a maquiagem definitiva – ou permanente – consiste em introduzir pigmentos na camada mais superficial da pele através de um aparelho chamado demógrafo, que se assemelha à agulha da tatuagem.
A finalidade é delinear a sobrancelha, melhorar, realçar e corrigir imperfeições ao redor dos lábios, na linha dos olhos ou, então, amenizar marcas de cicatrizes e estrias.
Acordar pronta e não precisar perder tempo se maquiando é um sonho para as mulheres modernas que fazem de tudo para ter mais facilidades em seu dia a dia.
E não é à toa que a técnica vem ganhando muitas adeptas desde a sua descoberta, na década de 60. Além do rosto, a maquiagem definitiva pode ser usada em outras partes do corpo como complemento de cirurgia plástica e na reconstrução de mamilos.
Por que fazer maquiagem definitiva?
A técnica vem sendo bastante procurada por quem quer ficar com o rosto mais próximo da perfeição. Com a finalidade de colocar cores na pele, é possível disfarçar as diferentes tonalidades causadas por cicatrizes, imperfeições e até estrias.
Mas é preciso muito cuidado na hora de optar pelo procedimento, pois o profissional deve ser habilitado e especializado: “O preparo do profissional é muito importante, pois ele saberá qual o pigmento correto a ser usado baseado nas reações com a pele, evitando resultados indesejáveis”, explica o médico especialista em medicina estética Paulo Kogake, de São Paulo (SP).
Além disso, é preciso ter cuidados específicos com a limpeza do aparelho, por envolver agulhas. Os aparelhos que fazem a aplicação são inovadores, oferecem maior segurança e permitem alta definição no resultado, deixando o trabalho o mais natural possível.Os pigmentos usados são à base de óxido de ferro e vegetais, não costumam causar alergia e são liberados pela Agência de Vigilância Sanitária, segundo Paulo Kogake.
As sessões podem durar em média 1h30 e, antes da aplicação, é usado um anestésico no local para amenizar a dor. O resultado imediato é uma lesão de primeiro grau que depois vira uma minicicatriz. Os valores variam entre R$ 300,00 e R$ 1500,00, dependendo da área a ser tratada.
Após a aplicação
É normal a região onde foi feita a maquiagem definitiva ficar com uma coloração mais forte, mas, com o tempo, ocorre a descamação e a cor final fica mais clara. Reações alérgicas não estão descartadas, como queloides.
Outros cuidados são: não retirar as casquinhas de cicatrização, aplicar pomadas específicas, usar filtro solar, não tomar sol, banho de piscina ou mar e lavar o local com água fria.
Apesar de ser chamada definitiva, a micropigmentação necessita de retoques a cada dois anos em média para garantir que a tonalidade não desbote e mantenha sempre a coloração ideal.
Em peles oleosas ou que recebem tratamentos com ácidos ou outros procedimentos dermatológicos, a coloração do pigmento dura menos tempo.
SAIBA MAIS
Pense bem
É importante que a paciente analise bastante antes de decidir pelo procedimento, já que reverter o processo de pigmentação não é uma tarefa simples. Para não correr o risco, prefira uma maquiagem em tons discretos e traços finos para que o efeito não fique artificial e não seja difícil de acostumar com ele. Fazer um delineado “gatinho”, por exemplo, é um pouco exagerado para usar todos os dias e você pode se arrepender depois.
Não gostou do resultado? E agora?
Para retirar os pigmentos da pele são necessárias algumas sessões de laser, como na remoção de tatuagens. Mas o laser não pode ser aplicado em qualquer área do corpo: “Deve-se levar em conta que, nas áreas onde há pelos, como as sobrancelhas, o laser pode levar à queda deles. Ou, ainda, o pigmento utilizado pode ter sido muito claro, e o laser pode não ter resultados satisfatórios”, explica a dermatologista Vanessa Metz, do Rio de Janeiro (RJ).
Ainda segundo Vanessa, pessoas com vitiligo não podem fazer o processo em cima da pigmentação, pois pode piorar e traumatizar as manchas.
Contraindicações
O procedimento é desaconselhado para pessoas com diabetes descompensado, com infecções de pele, gestantes e histórico de alergias.
Consultoria: Dr. Paulo Kogake, médico especialista em medicina estética da Clínica Kogake, São Paulo (SP); Dr. Vanessa Metz, dermatologista da Clínica Vanessa Metz, Rio de Janeiro (RJ)