A primeira forma de saber se você está sofrendo com o seu cabelo caindo muito é juntando as madeixas e puxando-as fortemente. Se mais de seis fios se soltarem, é possível que você esteja com queda capilar. Muitos cabelos soltos na escova, no chão do banheiro, no travesseiro e na roupa também podem ser sinais do problema.
“Quando perceber uma perda excessiva, procure um dermatologista. Evite tratamentos caseiros, pois, além de normalmente não funcionarem, perde-se um tempo precioso”, alerta o dermatologista Francisco Le Voci.
Cabelo caindo muito: causas e tratamentos
Além do fator genético, alterações hormonais e na tireoide, estresse, cirurgias drásticas, dietas restritivas, deficiências nutricionais e uso de alguns medicamentos são as principais causas da queda de cabelo nas mulheres. “Quando o fator desencadeante é resolvido, a queda pode diminuir consideravelmente ou até mesmo normalizar”, completa Francisco.
Entretanto, a dermatologista Carla Albuquerque salienta que, quando a descoberta do problema é tardia, nem sempre é possível recuperar os fios perdidos. Por isso, é importantíssimo procurar um especialista assim que se percebem os sintomas.
Com o diagnóstico em mãos, deve-se combater a causa (a correção de uma anemia, por exemplo) e, dependendo do caso, associar outros tratamentos específicos, como o uso de medicamentos, aplicação de loções, laser de baixa potência e carboxiterapia no couro cabeludo.
Quando a causa da calvície é genética
O número assusta: cerca de 20% das mulheres sofrem de alopecia androgenética, ou seja, a versão feminina da calvície. Nesse caso, a perda anormal já é percebida a partir da puberdade. A diferença desse tipo para uma queda causada por estresse, por exemplo, é que, quando o fator é genético, a perda é constante (e não repentina e brusca) e há um afinamento e rarefação das madeixas.
“Os cabelos caem para dar lugar a outros fios mais finos”, explica a terapeuta capilar Sheila Bellotti. Nos casos mais avançados, é possível visualizar o couro cabeludo. Assim que os sintomas forem percebidos, deve-se procurar imediatamente um dermatologista.
Com o tratamento adequado, pode-se estagnar a doença. “Nem sempre é possível recuperar os fios perdidos, pois isso vai depender da intensidade do quadro e do tempo de evolução do problema”, completa a dermatologista Carla Albuquerque.
Texto: Natália Ortega | Consultoria: Carla Albuquerque, dermatologista e membro efetivo da Sociedade Brasileira de Dermatologia; Francisco Le Voci, coordenador do Ambulatório de Cabelos da Faculdade de Medicina do ABC-SP e coordenador do Departamento de Cabelos da SBD; Sheila Bellotti, terapeuta capilar e tricologista do Centro Capilar Sheila Bellotti
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