A relação entre a ansiedade e o cérebro humano ocorre, metaforicamente, da mesma forma que o álcool e o fogo, representados respectivamente pela adrenalina (neurotransmissor que estimula as reações do corpo ao estresse) e o organismo.
“Essa adrenalina circulante precisa ser queimada, o que causa ações diferentes em cada parte do corpo: provoca tontura, boca seca, taquicardia, dificuldade de respirar, tremores, inquietação física, frio na barriga, visão turva, arrepios, sensação de queda e muitas outras coisas. Como podemos ver, a ansiedade dá vários sinais”, explica Alfredo.
Além da adrenalina, a disfunção dos neurotransmissores serotonina (que regula o sono e humor) e dopamina (proporciona sensações de recompensa) também é uma característica marcante dos quadros de ansiedade patológica.
Para compreender melhor como e por que ocorrem as reações ansiosas, confira o infográfico a seguir, que mostra o funcionamento cerebral durante um pico de ansiedade.
Raio-x cerebral
Basicamente, como explica a mestre em psiquiatria Thais Rabanéa, as reações ansiosas se voltam para disfunções em uma estrutura do cérebro chamada amígdala. Esta é uma “área cujas conexões anatômicas permitem que ela integre informações sensoriais e cognitivas e, assim, determine a resposta do indivíduo a uma situação amedrontadora”, define a especialista.
A amígdala possui conexões recíprocas com regiões responsáveis pelo controle emocional no córtex pré-frontal, por exemplo, como o córtex orbitofrontal e o córtex cingulado anterior. Além dessas áreas, Thaís destaca algumas outras ligadas à amígdala e relacionadas à ansiedade:
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Consultorias: Alfredo Simonetti, psiquiatra e professor titular de psicologia médica do curso de medicina do Centro Universitário São Camilo, em São Paulo (SP); Reinaldo Renzi, psicólogo clínico; Thais Rabanéa de Souza, mestre em psiquiatria, psicologia médica e especialista em neuropsicologia.
Texto e entrevistas: Giovane Rocha/Colaborador – Edição: Augusto Biason/Colaborador