Se a alimentação equilibrada é o principal caminho para uma vida longa e saudável, o tomate tem importante papel nesse processo. O segredo do fruto está na alta concentração de licopeno, pigmento responsável pela sua coloração vermelha, que o coloca na restrita lista de alimentos que podem ajudar a prevenir o câncer. “Essa substância é um potente carotenoide antioxidante, que inibe a proliferação celular”, detalha a nutricionista Graciane Leal.
Eficiência do tomate
Entre os males que o tomate pode prevenir, destacam-se o de esôfago, fígado, cólon, útero, reto e, principalmente, o de próstata. A explicação está no poder antioxidante do licopeno, que chega a ser até dez vezes maior do que o efeito do beta-caroteno para o corpo. É essa ação que neutraliza os radicais livres e protege o organismo contra danos oxidativos das células. Outra vantagem é que o licopeno ajuda a estimular o sistema imunológico, aumentando a resistência do organismo para combater a doença.
Preparo ideal
Para que o tomate tenha essa ação preventiva, o ideal é que ele seja incluído na alimentação pelo menos 10 vezes na semana, sendo uma taxa diária de 80 gramas de tomate ao dia, o que equivale a 35mg/dia de licopeno. Contudo, o efeito é ainda mais intensificado quando o alimento é consumido cozido, na forma de molhos, por exemplo, e não na versão natural. Quando ingerido dessa forma e nessas quantidades, há uma redução de 50% do risco de desenvolvimento de câncer de próstata em homens entre 40 e 75 anos.
Cientificamente comprovado
Para se constatar a eficácia do tomate contra o câncer, foram desenvolvidas diversas pesquisas analisando os que ingerem grande quantidade de alimentos ricos em licopeno em comparação aos que não ingerem. “Um estudo desenvolvido pela Universidade de Harvard demonstrou que homens que consomem 10 ou mais refeições por semana de alimentos ricos em licopeno têm diminuído em 1/3 o risco de contrair câncer de próstata do que homens que se alimentam com menos de duas refeições por semana à base de tomates”, diz Graciane.
Na década de 80, o tema já havia sido alvo de estudo na Itália, quando uma pesquisa demonstrou que o alto consumo de tomate diminuía o risco de aparecimento de câncer de trato digestivo, colo-retal, mama e ovário. Inclusive, relacionou-se a capacidade desse alimento de reduzir o dano oxidativo ao DNA de leucócitos e de células de próstata em pacientes com câncer nessa região. Assim, acredita-se que o tomate pode ajudar não apenas na prevenção, mas no tratamento da doença.
Texto: Redação Alto Astral
Consultoria: Graciane Leal, nutricionista
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