Em 1950, depois de um período de estudos, debates e experimentos, um conjunto de pesquisadores (entre eles o renomado químico Linus Pauling) passou a defender a tese de que as complicações orgânicas e psiquiátricas de um indivíduo são causadas por desequilíbrios de vitaminas, micronutrientes e radicais livres. Assim, sob este princípio, uma terapia megavitamínica foi desenvolvida para tentar combater essas anormalidades – e assim nascia a chamada medicina ortomolecular, que a princípio consistia na aplicação de dosagens massivas de vitamina B3 em pacientes psiquiátricos.
Com o tempo, o método alternativo foi expandido e incorporou outras vitaminas, minerais, hormônios e dietas, além da combinação com outros tipos de medicamentos. Não à toa, a especialidade passou a ser vista como um dos melhores complementos às terapias padrão. De acordo com a doutora Márcia Umbelino, uma das especialistas que desenvolve a medicina ortomolecular no país, o tratamento visa o equilíbrio entre os extremos, que seriam o produto de radicais livres e os antioxidantes.
“Toda vez que eu tenho uma reação química em o oxigênio participa, 2% gera radicais livres. Isso é o convencional, normal, fisiológico. Quando eu me estresso, durmo mal ou ingiro álcool, vou produzir uma quantidade muito maior, e somente a alimentação ou a mudança de hábitos não é suficiente para minimizar esses efeitos. E aí a gente tem que lançar mão de vitaminas numa dosagem maior do que a convencional. Como é um tratamento, então tem que ser uma dosagem terapêutica, e não uma dosagem de reposição ao que se está perdendo”, explica Márcia.
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