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Entenda o que é alergia medicamentosa, saiba suas principais causas, sintomas, efeitos no organismo e tratamentos! Lembre-se de buscar um especialista!
- Foto: Shutterstock

Você sabia que o uso de remédios pode causar alergia? Entenda!

Entenda o que é alergia medicamentosa, saiba suas principais causas, sintomas, efeitos no organismo e tratamentos! Lembre-se de buscar um especialista!

Quando estamos doentes ou machucados a ponto de ir parar no hospital, dá até um certo alívio receber a receita das mãos do médico e dar início ao tratamento. Só que, muitas vezes um novo problema começa a partir desse instante. A alergia medicamentosa atinge uma porcentagem significativa da população e, o que era para resolver um problema de saúde, acaba gerando um transtorno que pode até mesmo ter consequências fatais.

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Foto: Shutterstock

O que são?

As alergias a medicamentos são reações que aparecem logo após a ingestão de um remédio, que, para o organismo, é considerado um corpo estranho que precisa ser combatido. “Acontece o aumento das células de defesa, principalmente os eosinófilos, liberando histaminas no organismo. Tais substâncias causam vasodilatação, sendo uma das consequências o edema”, esclarece a farmacêutica Ester Zucker.

É importante salientar que as reações alérgicas nada tem a ver com aquele monte de efeitos colaterais que aparecem presentes na lista enorme que vem descrita na bula. São reações que realmente não possuem ligação com as consequências causadas pelos elementos químicos presentes na medicação.

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Foto: iStock.com/Getty Images

Quase todo medicamento pode provocar efeitos colaterais, como sentir náusea ou sono, por exemplo, mas, quando geram desconfortos inesperados, entramos no campo das alergias. É por essa imprevisibilidade que muitas dessas reações são chamadas de idiossincráticas.

Algumas coisas podem dar um empurrãozinho para a chegada dessas alergias. “Existem fatores de risco”, comenta a farmacêutica. “Certos medicamentos exacerbam doenças pré-existentes no paciente, como a asma que pode ser provocada com o uso de aspirina”, diz. Outra possibilidade apontada pela profissional é que já se sabe da existência de uma pré-disposição genética a reações alérgicas para certos medicamentos.

 

Sintomas e diagnóstico

Para saber se está sofrendo de reações alérgicas medicamentosas, é importante, antes de tudo, verificar se as alterações que vem sentindo coincidiram com o início de algum tratamento de saúde à base de remédios. Entre os sintomas gerais dessas alergias, aparecem erupções e placas vermelhas na pele, coceiras, urticária, asma, queda de pressão, comprometimento de órgãos como fígado, pulmão e rins, diarreias, cólicas, e a mais terrível de todas, o choque anafilático.

Outra consequência bem séria diz respeito aos inchaços subcutâneos ocasionados pelo acúmulo anormal de líquidos nos tecidos, que aparece sob a forma de edemas, os quais podem implicar regiões como lábios, língua, olhos e garganta. Para identificar esse tipo de alergia e confirmar o diagnóstico, existem alguns tipos de exame. Os mais comuns são os testes cutâneos. “Eles funcionam pela constatação do tamanho da reação na pele da pessoa provocado pelo contato com o medicamento”, explica a profissional. Além da pele, muitos testes analisam pulmões, mucosas e nariz para checar a extensão alérgicas, e alguns desses testes são capazes de realizar a identificação em 15 minutos. “Quando estes testes são negativos, muitas vezes fazemos o teste de provocação, em que usamos o medicamento em ambiente hospitalar para avaliar se ele realmente provoca a reação”, explica o diretor da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI), Luis Felipe Chiaverini Ensina. “Praticamente não contamos com exames laboratoriais úteis, exceto nas alergias a penicilina”, finaliza.

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Foto: Shutterstock

Tipos de alergia

Reações alérgicas dessa espécie possuem quatro subdivisões – porém, por consistirem em alergias bastante complexas, em certos casos um mesmo medicamento pode provocar mais de um tipo de alergia medicamentosa, como é o caso da penicilina. São quatro formas de reações que um remédio pode provocar.
* Reações mediadas por anticorpos alérgicos imunoglobulina E (IgE):
Nesse caso, as reações provocam urticária, angioedemas (inchaços no rosto, lábios e língua), asma, rinite, erupções na pele, queda de pressão arterial, edema de glote e até mesmo a anafilaxia.
* Reações mediadas por anticorpos alérgicos imunoglobulina G (IgG):
No caso desse tipo de alergia medicamentosa, o ataque ocorre contra componentes da membrana das células sanguíneas, como glóbulos brancos, plaquetas e hemácias. A consequência é a inevitável destruição dessas estruturas, ocasionando anemias, sangramentos e diminuição das defesas do organismo.
* Reações por imuno-complexos (antígeno-anticorpo):
O caso mais lembrado dessa forma de reação diz respeito à doença do soro – alergia despertada pelos anti-soros aplicados após picadas de aranha, escorpião, entre outros.
* Reações imunológicas de hipersensibilidade tardia:
“A tardia pode ocorrer quando, em uma segunda tomada do medicamento, o paciente, já sensibilizado, apresentar a reação alérgica”, aponta Ester. São características das alergias de contato, comuns com pomadas antialérgicas e alguns antibióticos.

Tratamento

A coisa mais importante a se fazer é suspender o uso do medicamento que causa reações ao organismo. “Quando temos uma alergia mais branda, podemos tratar com antialérgicos, como loratadina e prometazina”, indica a farmacêutica. Medicamentos anti-histamínicos e derivados da cortisona também podem ser utilizados, e, em caso de choque anafilático, a adrenalina é empregada. Todos esses antialérgicos devem ser indicados por um alergista, que recomendará o mais adequado após realizar uma detalhada análise clínica.

 

As mais comuns

A principal causa de alergias a medicamentos no Brasil são os anti-inflamatórios não-esteroidais e, em seguida, os antibióticos como penicilinas e sulfas”, indica Luis Felipe. Outros medicamentos, como os utilizados contra convulsão, e também os que são aplicados em anestesias gerais e contrastes radiológicos, também podem estar envolvidos em reações alérgicas medicamentosas.

 

Texto: Victor Santos
Consultoria: Ester Zucker, farmacêutica; Luis Felipe Chiaverini Ensina, diretor da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI)

 

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