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A pressão alta é um risco para a saúde, pode inchar o coração e dificultar o bombeamento do sangue. Saiba tudo sobre o problema
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Pressão alta: entenda mais sobre ela e os problemas decorrentes

A pressão alta é um risco para a saúde, pode inchar o coração e dificultar o bombeamento do sangue. Saiba tudo sobre o problema

Popularmente conhecida como pressão alta, a hipertensão arterial atinge cerca de 24,3% da população brasileira, de acordo com uma pesquisa realizada pelo Ministério da Saúde, e é considerada uma das maiores vilãs para o coração.

coração

Foto: Shutterstock

Silenciosa, a doença, na maioria das vezes, não apresenta sintomas, dificultando o seu diagnóstico. “Frequentemente a hipertensão arterial é chamada de ‘assassina silenciosa’, pois pode apresentar se assintomática durante anos e promover um infarto fatal inesperadamente”, complementa o nutricionista Hugo Comparotto.

Entendendo o problema

O coração bombeia a cada minuto cinco ou seis litros de sangue, que são irrigados para todo o corpo por meio de 60 a 80 batidas. As artérias são responsáveis pelo transporte desse líquido. A pressão arterial é a relação entre o volume de sangue e a resistência apresentada pelas artérias. Quando a resistência está muito alta — caracterizando a hipertensão —, o coração passa a trabalhar sobrecarregado, já que necessita fazer mais força para manter o sangue circulando.

Consequências para o coração

Quanto mais elevada está a pressão, mais o coração tem que trabalhar para bombear sangue nas artérias. Quando isso acontece, há uma dilatação do órgão, podendo causar insuficiência cardíaca, que nada mais é quando o coração tem dificuldade em bombear sangue suficiente para o resto do corpo, impedindo que as suas necessidades sejam supridas.

Quando o coração aumenta de tamanho, um dos sintomas mais comuns é a falta de ar, já que, quando inchado, o órgão ocupa parte do espaço reservado aos pulmões. Arteriosclerose, dano cerebral, insuficiência cardíaca congestiva, doença renal crônica, cardiopatia hipertensiva, doença arterial periférica, complicações da gravidez, AVC e perda da visão são outras consequências causadas pela alteração da pressão arterial.

Fatores de risco

Sedentarismo, estresse, tabagismo, histórico familiar, sobrepeso, diabetes e uma má alimentação com alto teor de sal são alguns gatilhos para desenvolvimento da hipertensão. No entanto, fatores genéticos também podem estar associados. “Não há como precisar o quanto cada fator (genética e hábitos de vida) contribui. É um conjunto. Uma pessoa cujos pais são hipertensos tem mais chances de desenvolver a doença. Quanto aos fatores ambientais, excesso de peso, de sal, sedentarismo e dieta inadequada aumentam os riscos”, destaca a cardiologista Andrea Brandão.

A influência do estresse

A correria do dia a dia é uma das grandes responsáveis pelo estresse de muitas pessoas, problema que pode ser refletido diretamente na pressão arterial mesmo daquelas que não possuem hipertensão. “Pessoas cuja pressão se eleva em casos de estresse ou de forte emoção têm risco maior de desenvolver a hipertensão.

Não são consideradas hipertensas porque a pressão aumenta somente em casos específicos, de estresse intenso, e depois volta ao normal. Mas, comparadas com aquelas em que a pressão não se altera nessas situações, têm mais chances de terem hipertensão”, explica Andrea.

Tratamento

A doença é considerada crônica, ou seja, não possui cura efetiva, no entanto, existem alguns cuidados que podem ser tomados para mantê-la controlada e evitar as consequências. “A hipertensão não tem cura. Uma vez que é feito o diagnóstico, o tratamento é para o resto da vida. Com o tempo, os tratamentos podem mudar, trocando os medicamentos, adicionando um, excluindo o outro, ou, algumas vezes, uma dieta equilibrada passa a ser o suficiente para controlar o problema, sem a necessidade de medicação”, frisa a cardiologista.

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Consultoria: Andrea Brandão, cardiologista; Hugo Comparotto, nutricionista.

Texto: Redação Alto Astral

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