Educar e dar todas as orientações necessárias sobre as drogas é a melhor maneira de manter seu filho longe desse mundo. Inclusive, os especialistas alertam que o assunto deve começar a ser debatido em casa desde a infância, para que não se torne um tabu no ambiente familiar.
Informe-se!
Antes de colocar esse tema em discussão, os pais devem se orientar para estarem aptos a responder qualquer questionamento. Informe-se sobre as drogas mais comuns, os efeitos que têm no cérebro e no corpo, os sintomas que causam e as gírias que envolvem esse universo. Com todos esses dados em mãos, fica mais fácil manter um diálogo com segurança e tranquilidade.
Quando conversar?
A maneira como o assunto deve ser abordado varia de acordo com a faixa etária do seu filho. Para o pediatra Marcelo Reibscheid, crianças a partir de sete anos, em geral, já têm maturidade psicológica para entender as primeiras informações sobre essas substâncias. Para essa idade, use uma linguagem simplificada e não é preciso se aprofundar no tema. O mais importante é ajudar na formação do posicionamento ético e responsável da criança.
Adolescentes em pauta
Já os adolescentes, normalmente, dão indícios de que estão em contato com esse tipo de universo, mesmo que de forma indireta. “Muitas vezes, eles começam a falar de amigos que já viu fumando maconha ou usando outras drogas em festas”, detalha a psicóloga Angélica Amigo. Nesse momento, aproveite a abertura para explicar os malefícios causados pelas drogas, sem esconder os danos que elas podem trazer ao corpo e à vida de uma pessoa.
Influência dos pais
Quando os pais fumam ou consomem álcool em excesso torna-se mais difícil educar os filhos sobre os perigos dessas substâncias. “Fazer uso de drogas pode despertar o interesse da criança, entre outros malefícios”, ressalta Reibscheid. Nesse caso, em vez de ignorar o assunto, é melhor seguir o ditado “faça o que eu digo, não faça o que eu faço”. “Diga simplesmente: ‘não fume’ ou ‘não beba’. Mostre todos os problemas que o cigarro e o álcool podem causar ao organismo e fale que você está errada em usá-los. É importante assumir essa fraqueza”, afirma Angélica.
Identificando o problema
Alguns sinais do envolvimento de seu filho com as drogas podem ser percebidos: o rendimento do jovem cai na escola; o diálogo e a relação em casa tornam-se difíceis; o adolescente perde o interesse em outras atividades; podem haver mudanças de opinião de seu filho sobre o consumo de drogas.
Consultoria Angélica Amigo, psicóloga; Marcelo Reibscheid, pediatra
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