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Você ou alguém que conhece já sofreu e sabe o que é AVC? A ex-primeira dama, Marisa Letícia, foi acometida pelo mal nessa terça-feira. Saiba mais!
- Foto: divulgação/Diáriodenotícias

Entenda mais sobre o AVC, doença que hospitalizou a ex-primeira-dama Marisa Letícia

Você ou alguém que conhece já sofreu e sabe o que é AVC? A ex-primeira dama, Marisa Letícia, foi acometida pelo mal nessa terça-feira. Saiba mais!

A ex-primeira dama, Marisa Letícia, mulher do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), foi acometida por um Acidente Vascular Cerebral (AVC) de condição hemorrágica, nesta terça (24.01). Internada no Hospital Sírio Libanês, localizado no centro de São Paulo, ela continua em coma induzido e respira com a ajuda de aparelhos, mas já obteve resultados positivos. Muitas pessoas não sabem o que é AVC, quais suas possíveis consequências e quais os fatores que levam à doença. Tire essa e outras dúvidas com o Portal Alto Astral a seguir.

O que é AVC, suas causas, sintomas e primeiros socorros

Marisa Letícia sofreu um AVC nesta terça-feira. Foto: Reprodução/Globo

O que é AVC?

O derrame, como é popularmente conhecido, caracteriza-se por uma lesão no sistema nervoso central a partir de uma lesão vascular. Essa lesão pode ocorrer de maneiras diferentes. “Se aconteceu a obstrução de uma artéria, teremos o acidente vascular cerebral isquêmico (AVCI); se houver o rompimento de um vaso com a formação de um hematoma dentro do encéfalo, teremos o acidente vascular cerebral hemorrágico (AVCH); se houver o rompimento de um aneurisma com sangramento em volta do cérebro, teremos a hemorragia subaracnóide; e, por fim, se ocorrer a obstrução de uma veia ou seio venoso cerebral, teremos a trombose venosa cerebral”, explica o neurologista Dr. Roberto de Oliveira. Todas essas formas são AVCs, mas cada uma tem seu tratamento e evolução específica.

Tipos de AVC

AVC Hemorrágico (AVCH)

É causado pela ruptura espontânea de um vaso sanguíneo, com extravasamento de sangue para o interior do tecido ou do tronco cerebral e, algumas vezes, esse sangue é drenado para dentro dos ventrículos (hemorragia intraventricular). “As causas mais frequentes de AVC hemorrágico são por doenças que causam aumento descontrolado da pressão. Isso provoca a ruptura da parede do vaso sanguíneo e o extravasamento de sangue pode ocasionar hematomas intracerebrais que necessitam de tratamento neurocirúrgico de urgência, visando à descompressão do cérebro que se encontra em sofrimento, pressionado pelo volume sanguíneo contra a estrutura óssea do crânio”, explica o neurologista Eduardo Barreto sobre o que é AVC.

Outro fator que deve ser levado em consideração são as doenças congênitas, principalmente os casos de incidência de aneurismas. “As pessoas que têm história de morte súbita de parentes relativamente jovens devem ser avaliadas em relação à possibilidade de terem algum tipo de má formação cerebral, que são responsáveis por grande número de mortes”, completa o neurologista.

Os sintomas podem ser dores fortes de cabeça ou no pescoço, rigidez na nuca e alterações visuais com a aparição de pontos luminosos que devem ser avaliados por um profissional. O diagnóstico deve ser clínico e os exames complementares (como tomografia computadorizada e ressonância magnética) orientam quanto a melhor forma de tratamento.

AVC Isquêmico (AVCI)

Esse tipo de AVC pode ser causado por embolia ou trombose arterial, quando há a formação de um coágulo no cérebro. “O acúmulo de sangue causa o entupimento da artéria na região cerebral, provocando lesão desse tecido e alterações nas funções neurológicas”, explica a neurologista Carla Jevoux.

As sequelas podem ser leves e passageiras ou graves e incapacitantes, pois o sangue é o responsável por carregar oxigênio e nutrientes pelo corpo e, quando isso é prejudicado, pode levar à morte dos neurônios em poucas horas. Os sintomas podem ser fraqueza ou dormência em apenas um lado do corpo, dificuldade para falar, entender as coisas, para engolir, andar e enxergar, além da perda da força da musculatura do rosto, deixando a pessoa com a boca torta.

Esses sinais podem aparecer de forma súbita, separados ou em conjunto. Já o tratamento para desobstruir a artéria pode ser através de medicamento trombolítico, que dissolve o coágulo, ou pelo uso de cateteres.

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Fatores de risco

Todas as condições que aumentam as chances de um AVC acontecer são chamadas de fatores de risco. Entre elas, estão fatores modificáveis, como o uso de drogas e obesidade; e não-modificáveis, como sexo, idade e genética. Entre os modificáveis mais comuns, alguns merecem atenção especial.

Tabagismo: O risco de um fumante sofrer um AVC é três vezes maior do que o de um não fumante. Isso acontece porque o consumo de cigarros está diretamente ligado à ocorrência de trombose por diversas vias.

Etilismo: O consumo de doses diárias pequenas de álcool por dia pode diminuir os riscos de desenvolver uma doença vascular. Porém, acima dessa quantidade, que corresponde a um drink por dia para mulheres e dois para homens, os riscos de a pessoa desenvolver um AVC aumentam consideravelmente.

Obesidade: A obesidade está diretamente ligada a altos níveis de colesterol, triglicérides e pressão arterial, que são fatores de risco para o derrame.

Anticoncepcional oral: O uso de anticoncepcionais orais está relacionado ao aumento do risco de trombose. Quando associado ao tabagismo, então, este risco aumenta significantemente.

O que é AVC, suas causas, sintomas e primeiros socorros

O que é AVC, suas causas, sintomas e primeiros socorros. Foto: Divulgação

Sintomas e consequências

Segundo o Dr. Roberto, os principais sintomas de um AVC são:

– Instalação súbita da perda da força ou sensibilidade de um membro ou lado do corpo;
– Desvio da boca para um lado;
– Perda do equilíbrio, da coordenação motora e do campo visual;
– Dificuldade para falar, compreender ou ler e escrever;
– Fala enrolada.

Já a possibilidade de um AVC deixar sequelas vai depender de sua extensão e da qualidade e rapidez do socorro prestado. “É essencial que o paciente procure um hospital assim que perceber a existência dos sintomas. Se houver atendimento rápido, é possível minimizar os efeitos da lesão ou até mesmo revertê-los”, adverte o doutor.

Testes rápidos

Quando houver a suspeita de que uma pessoa sofreu um AVC, realize alguns testes simples para descobrir se realmente aconteceu ou não.

– Peça para a pessoa elevar os membros superiores na horizontal e fechar os olhos. Se um dos membros cair mais rápido ou não conseguir se elevar, há a suspeita de AVC.
– Peça para a pessoa sorrir. Se observar desvio da boca, há a suspeita de AVC.
– Peça para a pessoa falar um trocadilho, como “O rato roeu a roupa do rei de Roma”. Se a fala estiver enrolada, há a suspeita de AVC.

Por fim, o Dr. Roberto alerta que, em qualquer uma dessas situações, o paciente deve procurar um serviço hospitalar e realizar uma avaliação médica, neurológica e exames de imagem para esclarecer o diagnóstico.

Primeiros socorros

Em caso de emergência, é sempre bom termos em mente alguns passos simples para efetuar os primeiros socorros em alguém que está sofrendo um AVC.

O que é AVC, suas causas, sintomas e primeiros socorros

O que é AVC: como fazer os primeiros socorros em caso de AVC. Foto: Divulgação

O que é AVC, suas causas, sintomas e primeiros socorros

O que é AVC: como fazer os primeiros socorros em caso de AVC. Foto: Divulgação

Dúvidas recorrentes

Existem outros questionamentos frequentes que podem auxiliar na hora de entender um pouco mais sobre o que é AVC. Tire suas dúvidas a seguir:

1- O AVC ocorre apenas em idosos?

Mito. Não há faixa etária específica para o acidente acontecer. “Os idosos são mais propensos devido ao envelhecimento vascular e doenças associadas, porém não são exclusivos”, afirma o médico.

2- Ingerir álcool aumenta o risco de derrame.

Mito. “Alguns estudos relacionam o uso moderado (até duas doses na semana) a fatores protetores, caso o paciente não sofra restrições (como é o caso de quem sofre de diabetes). Já o excesso do consumo pode, sim, elevar as chances do derrame”, esclarece o profissional.

3- O tempo de socorro influencia no tratamento.

Verdade. “Quanto antes a vítima for socorrida, maiores as chances de sobrevivência e menores as chances de sequelas”, afirma Gilberto. Além disso, a Academia Brasileira de Neurologia afirma que os procedimentos realizados no hospital são fundamentais para diferenciar o AVC de outras doenças com sintomas semelhantes.

 

Textos de:

Vítor Ferreira | Lucas Ferreira | Barbara Gatti | Larissa Mortari

Consultoria:

Gilberto Kocerginsky, médico do Linnus Institute, do Rio de Janeiro (RJ) | Fontes Academia Brasileira de Neurologia (ABN); Sociedade Brasileira de Doenças Cerebrovasculares (SBDCV) | Carla Jevoux e Eduardo Barreto, neurologistas | Dr. Roberto de Oliveira, neurologista coordenador do Centro de AVC do Hospital Alemão Oswaldo Cruz.

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