Há diferenças entre pequenos lapsos de memória comuns do cotidiano, como esquecer o nome daquela rua que passa todo dia, e a amnésia. “A amnésia não faz parte de uma vida saudável; os lapsos de memória, sim”, indica a psicanalista Beatriz Breves. Enquanto os lapsos são característicos de uma falta de atenção, a perda de memória ocorre quando as informações fixadas sofrem algum tipo de dano e caem no esquecimento.
Porém, antes de compreender os sintomas desse “apagão” nas lembranças, é importante entender que existem sinais característicos daquela sensação de “dar um branco”.
Um indivíduo tenso, estressado, angustiado ou só cansado pode ter lapsos de memória. Além disso, o esquecimento também é uma função normal do cérebro, afinal, o órgão descarta informações que não são usadas há muito tempo, ou algo que foi importante apenas em um determinado momento.
Contudo, a psicanalista alerta que, “se a pessoa começa a se tornar repetitiva por meio de uma mesma pergunta, se não consegue, mesmo que com esforço, lembrar o que aconteceu no dia anterior, ou se sente insegura para atividades antes realizadas sem dificuldades, estes podem ser sinais de amnésia”.
Amnésia x lapsos de memória
Sinais de demência:
• Há dificuldade em realizar tarefas comuns, como se vestir ou ir ao banheiro.
• Não se recorda dos incidentes de esquecimento, sendo incapaz de descrevê-los.
• A pessoa se perde em locais familiares e não consegue seguir instruções dadas.
• Esquece palavras ou as usa fora do sentido. Ou ainda repete fatos já contados.
• Não consegue tomar decisões e possui falta de senso crítico de comportamento.
Perda de memória comum da idade avançada:
• Mesmo tendo alguns lapsos de memória, a pessoa é independente.
• Lembra e descreve quando ocorrem incidentes de esquecimento.
• Não costuma se perder em caminhos conhecidos.
• É capaz de desenvolver uma conversa, mesmo esquecendo algumas palavras às vezes.
• Mantém a tomada de decisões e o senso crítico.
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Texto e edição: Giovane Rocha/Colaborador – Entrevistas: Natália Negretti
Consultorias: Beatriz Breves, psicanalista