Uma tática inédita foi usada pela polícia de Dallas (Texas, EUA), para dar fim ao confronto com um atirador suspeito de matar cinco agentes no ataque de quinta-feira (7). Um robô armado com explosivos foi usado no após uma negociação que já durava horas. Houve, inclusive, troca de tiros.
A situação levantou pontos polêmicos a favor e contra o uso de armamentos tecnológicos pela polícia. Confira algumas das principais discussões sobre o assunto na mídia estadunidense e internacional:
Motivos contra o uso de robôs em operação policiais:
– Militarização da polícia é preocupante
O uso de armas tecnológicas não é tão comum em centros urbanos. Robôs e drones são mais utilizados em táticas de guerra pelo governo americano. O uso de tecnologias tão pesadas pela polícia assusta pelo impacto negativo e excessivo que tais armas podem gerar em zonas que não estão em guerra.
– Possível anonimato após erros
Fica mais difícil ou manipulável identificar quem estava comandando ou ordenou diretamente alguma ação errônea do robô, o que traria impunidade e deixaria possíveis exageros sem culpados.
– Quando o uso excessivo de força é realmente necessário?
A polícia pode começar a usar força excessiva para casos sem necessidade. Situações tensas podem gerar incidentes sérios, já que os robôs podem matar.
– Até que ponto a inteligência artificial pode evoluir?
Preocupa saber que um futuro com um “Robocop” ou um “Exterminador do Futuro” esteja cada vez mais próximo de se tornar realidade. Afinal, qual é a ética e os valores de um robô?
Motivos a favor do uso de robô em operação policiais:
– Não colocam policiais em risco
O uso do robô no caso de Dallas fez com que mais nenhum policial se ferisse na ação. Isso promoveu mais proteção para os agentes da lei e evitou um novo tiroteio.
– Mais pessoas podem observar uma operação de vários ângulos
O comando e o local ao redor do robô podem ser observados por mais pessoas, e há mais tempo para decidir uma ação, evitando possíveis reflexos e falhas do alcance de visão humana.
– Terroristas e atiradores não dão espaço para negociação
Alguns casos de confronto com terroristas ou atiradores termina em tiroteio e morte. Um robô evita que policiais se envolvam numa negociação infrutífera que os coloque em risco, além de dar um ultimato ao suspeito para se entregar.
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