As narrativas de contato entre humanos e seres de outras dimensões são tão antigas quanto nossa própria existência. Supõe-se que os médiuns façam parte da nossa civilização há pelo menos 100 mil anos, quando os homens Neandertais começaram a enterrar seus mortos.
Como o mundo não era fácil para o homem pré-histórico, quem tinha alguma sensibilidade especial acabava virando um líder que ajudava na hora de curar doenças, arranjar comida ou enfrentar grandes períodos de chuva ou seca. Assim surgiram os xamãs, profissionais dedicados a conversar com o lado de lá para resolver os problemas do lado de cá – seja por meio de sacrifícios ou também de orações.
Desde então, a crença de que é possível interagir com mortos, deuses, anjos e demônios se disseminou ao longo dos anos, evidenciada nas mais diversas vertentes espirituais, como na cultura egípcia, na greco-romana, na judaico-cristã e também em correntes orientais, como Hinduísmo e Budismo tibetano. Assim, na segunda metade do século 19, quando Allan Kardec codificou princípios da ciência, filosofia e religião para compreender as interações entre os planos físico e transcendente, a mediunidade ganhou uma nova perspectiva sob a égide da doutrina espírita.
VEJA TAMBÉM
- Por que o espiritismo se popularizou tanto no Brasil?
- Por que o espiritismo não foi bem aceito na França?
- Entenda o conceito de reencarnação