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Envolvida em dois projetos na telinha, a atriz fala do desafio de viver personagens diferentes
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Entrevista com Paola Oliveira

Envolvida em dois projetos na telinha, a atriz fala do desafio de viver personagens diferentes

  

Envolvida em dois projetos na telinha, a atriz fala do desafio de viver personagens diferentes

 

Guia da Tevê: Você já está confirmada na próxima novela das seis, que a Thelma Guedes e a Duca Rachid (mesmas autoras de “O Profeta” e “Cama de Gato”) estão escrevendo?

Paola: Olha, é o que estão falando. Mas eu não sei de nada ainda. Não tem nada confirmado. O que eu sei é o que eu também já li a respeito na imprensa. Mas é claro que eu, que amo novela das seis, voltaria sem problema para o horário. Ainda mais sendo um texto da Duca e da Thelma, que já me conhecem bem. Já experimentei o que eu queria por agora nessas suas séries.

 

Guia da Tevê: Você já conhecia a Tijuca (bairro da Zona Norte do Rio)?

Paola: A Tijuca foi um dos bairros que eu mais ouvi falar aqui no Rio de Janeiro. Tudo tão conservador, vem aquela brincadeira de falarem dos bares, o fato de ser de passagem, mas já ouvi falarem muito das mulheres tijucanas. E fazer essa coisa da mulher recatada, até por uma questão imposta, foi bem legal. Se fosse qualquer outro lugar, eu teria de procurar mais. Mas da Tijuca, eu já tinha uma idéia de como fazer.

 

Guia da Tevê: Como vai ser seu visual em “As Cariocas”?

Paola: Mais Paola, impossível. Estou com o cabelo bem louro e cacheado, um look que ninguém viu em mim, mas é como sou. Só que a “Clarissa”, minha personagem, é muito normal, pega metrô para trabalhar, usa roupas bem comportadas. Quase discreta, para não querer ser vista. E em “Afinal, O Que As Mulheres Querem”, é um visual bem diferente. Agora, fiquei moderna. Tesoura no cabelo, cor escura, tudo diferente. Isso foi muito bom para a composição.

 

Guia da Tevê: Você está gravando com as mãos sujas de tinta. Por quê?

Paola: A gente estava até comentando isso agora, na hora de se arrumar. Dificilmente eu gravo “limpinha”. Ela vem sempre da pintura, é uma artista plástica, então em várias cenas eu começo ou termino pintando. Isso tem tudo a ver com o que ela faz. E a “Lívia” sai assim mesmo.

 

Guia da Tevê: Você ficou surpresa por trabalhar com o Luiz Fernando Carvalho?

Paola: Quando eu recebi esse convite, ainda estava fazendo “As Cariocas”, mas pedi para que eu pudesse aceitar, porque seria muito bom fazer as duas coisas. Foi especial o convite, o processo, está sendo gravar e acho que vai ser até ir ao ar, quando vou poder ver esse projeto como um todo, pronto. É muito diferente esse processo de preparação do Luiz, de intimidade entre as pessoas que trabalham com ele. E dificilmente a gente vê coisas dos outros atores, estou curiosa para ver como ficou.

 

Guia da Tevê: Por que era tão especial a ideia de trabalhar com o Luiz Fernando?

Paola: Existe o antes, o processo e o que você realmente vai ver no ar. O processo de trabalho é muito interessante. Não só bem cuidado, como são todas as minisséries brasileiras, mas pela forma diferente dele trabalhar. Estando dentro do projeto, posso dizer que realmente é diferente. A gente teve pequenas oficinas, ele cria uma unidade entre a equipe antes de começar o trabalho. Hoje em dia, em todos os sentidos, é difícil poder fazer as coisas com essa calma e essa dedicação.

 

Guia da Tevê: “As Cariocas” já tem uma ordem de exibição? Corre o risco de você aparecer no ar, na mesma época, nos dois programas?

Paola: Eu não sei se tem uma ordem. Ela existia, mas isso já foi mudado. Vai ao ar próximo, com certeza, mas não sei se na mesma semana, por exemplo. Mas são características tão diferentes que vai ser engraçado.

 

Guia da Tevê: Você falou de serem convites especiais. Agora que já gravou os dois, qual o balanço que faz? Você chegou a comentar que fez muitas novelas das seis, mais tradicionais…

Paola: Tenho quatro novelas no currículo, mas ter em mente uma coisa diferente, que você espera trabalhar um dia, e ela aparecer logo em seguida de um personagem tão bom como a Verônica, de “Cama de Gato”, é bem motivador. Se você segue mais o que o diretor e o autor falam ou se você abre um pouco de espaço. Mas, ao mesmo tempo, esse imediatismo também traz certo conforto. O Luiz tem uma coisa que, se você se sente, de alguma forma, incomodada com uma situação, ele te faz ver aquilo por outro lado. Eu já tinha isso, mas ele mexe mais com esse botãozinho de tentar ver de outra forma, fazer pensar diferente, isso já vai me transformar para o meu próximo trabalho.

 

Guia da Tevê: Você tem a cara de boa moça. E demonstra se empolgar muito com esse trabalho. Hoje, esse despreendimento da beleza, chama a atenção nesse trabalho?

Paola: Muito. A “Giovana” era a adolescente que queria ser modelo, a “Sônia” era a princesa de contos de fadas, a “Letícia” era a moderninha da década de 50 e a “Verônica”, a vilã classuda. Gosto de personagens fortes, mas a “Lívia”… Até pela estrutura do trabalho, de como são contadas as cenas, são diálogos curtos, situações, frases, flashes, você trabalha com outras coisas. Não existe texto, palavras para te ajudar. Não sei se a aparência é só o que importa, mas como a personagem se mostra. Não dava para ser impecável, com saltos gigantes, como a “Verônica”. A “Lívia” é simples, mas quando ela pinta, você consegue ver o que ela tem de mais forte por dentro. É aí que está a tal intensidade, profundidade do trabalho com o Luiz Fernando. A gente fala que é um personagem profundo e algumas pessoas questionam o que é profundo. Isso que você falou é sim um ponto alto, espero que as pessoas vejam esse despreendimento e enxerguem outra coisa. Aqui é uma forma diferente da Paola se mostrar e de uma personagem diferente ser vista. Sem dúvida, gosto das quebras.

 

Guia da Tevê: Você gostou desse cabelo?

Paola: Meu cabelo está repicado, com uma franja, escuro. É uma referência meio Nova Iorque, totalmente moderno. A “Lívia” é uma mulher de atitude, se está com a mão suja mas deu vontade de ir ao cinema, ela se veste com a roupa que a avó dela colocou um bonequinho de boa sorte e vai. Para uma personagem que é vista como o amor – o André usa a “Lívia” assim – então, nada melhor que ter a modernidade, a força e a doçura.

 

Guia da Tevê: A Thelma e a Duca chegaram a falar com você sobre a nova novela?

Paola: Não. Não tivemos nada formal. Sei que a Amora vai dirigir, soube que estaria o Carmo também. Ele chegou a me ligar dizendo que ia fazer e eu até falei “olha, eu não tenho convite nenhum, e você?”. São especulações, mas não acho difícil. Já trabalhei com a Thelma e a Duca, não existe outra reserva que pudesse me barrar, só fico ansiosa para ver o que vai ser.

 

Guia da Tevê: O que você ainda tem vontade de fazer na tevê?

Paola: Quem sabe, posso fazer uma mocinha com esse jeito meio anti-herói, sei lá. Eu acredito que as cenas de café são mais difíceis do que as que vêm com um texto, com uma atitude. Fazer o trivial ficar interessante é difícil.

 

Guia da Tevê: Foi difícil encarar aparecer manchada, suja de tinta?

Paola: Que nada! As pessoas é que me vêem como uma princesa. Mas eu não tenho isso. Me vêem tanto como bonequinha que às vezes eu me sinto como se tivesse 12 anos de idade, mas já vou fazer 30!

 

Guia da Tevê: O
carnaval foi uma forma de tentar romper essa imagem de bonequinha?

Paola: Não pensei nisso. O carnaval foi meio além, foi querer quebrar uma série de barreira minha. Eu gostava do Rio, mas achei que nunca fosse conhecê-lo para valer. Vim na primeira vez para trabalhar e achei que nunca fosse voltar para passear. Eu lembro que andei pela Rua Barata Ribeiro, em Copacabana, pensando “gente, que lugar é esse!”, andei uma quadra e voltei para o hotel, com medo. As pessoas acham que quem vem de São Paulo é moderno, mas eu parecia uma menina do interior. Acho que foi gostoso, eu queria ver como era. Mas chegou o momento em que vi como funcionava, queriam que eu mostrasse mais do que eu queria mostrar. Mas entreguei meu posto a uma amiga que, assim como eu, vai ficar muito feliz, se divertir, não quer aparecer, que é a Cris Vianna. Chegou até o momento em que eu achei que poderia mudar um pouco essa imagem de bonequinha, sim, mas só depois. Só que as pessoas continuaram com os comentários “ah, ela é tão linda”, que vi que não rolou isso. Talvez eu tenha virado mais boneca ainda, vai saber. Mas fico feliz de não ter perdido isso.

 

Guia da Tevê: E qual é a máscara que mais se adapta à “Lívia”?

Paola: Entre uma neutra e uma com grandes expressões? A expressiva. Ela é uma mulher que não combina com o neutro de jeito nenhum. Ela tem muita personalidade. Quando a gente começou a falar sobre ela, já surgiu uma energia diferente. Tudo é muito forte nela. Ela é uma artista plástica e eu fui buscar mais isso.

 

Guia da Tevê: O que você fez?

Paola: Fui tentar pintar, fizemos aulas de pintura. Vi que é muito mais difícil do que parece. As pessoas pintam com emoção. Alguma coisa dentro dela está com algum problema e ela passa aquilo para a tela. Foi indescritível. Pintei em casa. Ela vai do moderno ao mimo da avó, um universo muito vasto. Ela é que decide a sorte dela. Tem a atitude de falar não, de mudar a vida dela. Ainda mais quando o André fica olhando muito para fora e esquece um pouco da “Lívia”. Por isso ela sente uma necessidade enorme de encontrar um caminho novo.

 

Guia da Tevê: Teve alguma pintura sua que você teve coragem de dar para alguém ou pendurar em casa?

Paola: Não, não teve. Talvez eu pudesse dar para o meu namorado, mas nem dei.

 

Guia da Tevê: Você já se planejou para o que vai fazer ao fim das gravações?

Paola: Olha, eu vou ficar por aqui mesmo, por pertinho. Não tenho nada definido. Estou lendo mais, vendo mais meus pais. Ficam sendo férias camufladas.

 

Guia da Tevê: Não ser mais rainha de bateria deixa você mais tranqüila em relação a passar horas na academia, fazer aulas de samba, essas coisas?

Paola: (risos) Olha, aula de samba eu nem tive! Não sei o que acontece, mas ele tá aqui, no meu pé. É um trabalhinho provar roupa, um mês antes eu dava uma segurada na comida, malhava um pouco mais.

 

Guia da Tevê: Qual a moral, a mensagem que essa série passa?

Paola: Acho que cada pessoa vai entender de uma forma. O Luiz tem um olhar muito crítico das coisas. Mas fala-se de amor, amadurecimento e de uma pergunta inquietante que dá título ao projeto e que Freud morreu sem responder. São coisas triviais vistas de forma moderna, que eu nunca vi feita, para mostrar trajetórias de relacionamento e amadurecimento.

 

Entrevista: Marvio Gonçalves/Colaborador
Foto: Felipe Assumpção/AG News

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