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A pessoa bipolar não possui apenas apenas uma variação entre o bom e o mau humor. Veja quais são as características do transtorno
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Conheça o transtorno bipolar

A pessoa bipolar não possui apenas apenas uma variação entre o bom e o mau humor. Veja quais são as características do transtorno

Dias bons e ruins fazem parte do cotidiano, mas a oscilação constante de humor pode indicar algo a fora do comum. Porém, isso também não quer dizer que uma pessoa que muda fácil da raiva para a alegria sofre com algum distúrbio. É necessário cuidado ao diagnosticar esta variação de temperamento como um caso de transtorno bipolar.

Segundo o psicanalista Paulo Miguel Velasco, no paciente com o distúrbio, “o hipocampo é afetado em cerca de 10%, o que gera perda parcial de conexão com os neurônios, diminuindo a eficácia dos medicamentos”. As funções desta área encefálica são ligadas ao eixo frontal, podendo danificar a memória.

O cérebro de uma pessoa diagnosticada com o transtorno bipolar pode sofrer com o excesso de alguns neurotransmissores, como o glutamato e a dopamina. Em situação de defesa, o órgão envia células protetoras, o que causa inflamações e, consequentemente, as falhas nas ligações entre os neurônios.

 

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Crise bipolar

Sem as medicações necessárias, as crises em indivíduos bipolares são inevitáveis. Os níveis variam de acordo com a incidência do bom e do mau humor e são divididos em leve, moderado, grave e crônico. O que os difere é a frequência com que se manifestam e o tempo de duração.

“O tratamento à base de lítio é o mais recomendado, com eficácia em 86% dos casos bipolares. Também é possível a administração de antidepressivos, ansiolíticos e anticonvulsivos para amenizar as crises”, revela o psicanalista.

Não há uma idade específica para desenvolver o transtorno bipolar, sendo mais comum, de acordo com a psiquiatra Maria Cristina de Stefano, “no início da vida adulta, dos 20 aos 25 anos. Porém, casos mais tardios podem surgir entre os 30 e 35 anos. Não há evidências em crianças, mas na adolescência é possível ocorrer devido às alterações normais de humor da puberdade”.

Não é tudo igual

O transtorno maníaco-depressivo é frequentemente confundido com outros distúrbios em virtude dos seus sintomas. “É muito comum o bipolar conter traços de outros transtornos como a síndrome borderline. Ambos apresentam instabilidade afetiva, irritabilidade, ansiedade curta, ódio excessivo de alguém e distúrbios dissociativos”, explica Velasco.

Diferentemente do senso comum, a pessoa não tem que lidar apenas com os picos de humor. Segundo o psicólogo Leonardo Barros, “a bipolaridade pode, muitas vezes, passar despercebida e ser considerada característica da personalidade, além de ser confundida com esquizofrenia, depressão e síndrome do pânico”. Por isso, é importante que se estabeleça um diagnóstico exato antes que qualquer tratamento seja iniciado.

 

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Além de outros transtornos mentais, os sintomas podem ser confundidos com quadros de saúde como o hipotireoidismo, hipertireoidismo, doenças da suprarrenal, diabetes, síndrome de ovários policísticos e outras patologias que causam grande oscilação de humor.

 

As variações do transtorno bipolar

Segundo o Manual Diagnóstico e Estatístico dos Transtornos Mentais (DSM) e a Classificação Internacional de Doenças (CID), o transtorno bipolar está dividido em:

• Tipo 1: tanto os sinais de mania (extrema excitação) e depressão se manifestam intensamente (ao mesmo tempo ou não) e podem prejudicar a vida social, levando à internação do indivíduo.

• Tipo 2: oscilação entre depressão e euforia sem maiores prejuízos sociais para a pessoa.

• Não especificado: sintomas que indicam o distúrbio, mas não há a confirmação no diagnóstico.

• Ciclotimia: grau menor de transtorno de humor que traz apenas uma alternância entre a depressão moderada e a hipomania (estado leve de excitação).

 

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Consultorias: Leonardo G. Barros, psicólogo, hipnólogo e diretor do Instituto Brasileiro de Hipnose Ericksoniana (IBRHE); Maria Cristina de Stefano, psiquiatra; Paulo Miguel Velasco, psicanalista e autor do livro Depressão e transtornos mentais (Editora WAK, 2015).

Texto e entrevistas: Giovane Rocha/Colaborador

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