Além de todas as vantagens que a meditação oferece para uma melhor qualidade de vida, também podemos destacar os benefícios dela para o nosso cérebro. Segundo Daniela Carmona, professora de meditação, durante a atividade, “o cérebro recebe a informação, por meio da quietude corporal e da respiração suave e profunda, de que está tudo bem, e não é preciso ativar as defesas e alertas do corpo”. Assim, o ritmo cardíaco, o metabolismo e a necessidade de oxigênio diminuem, deixando o corpo descansado.
A professora explica ainda que o foco do cérebro passa a ser a atenção na meditação, diminuindo a necessidade da troca de informações entre os neurônios, preservando sua saúde e rejuvenescendo-os, além de melhorar o sistema cognitivo, os centros de memória e o processamento das emoções.
Cérebro, meditação e ciência
Cientistas de diferentes países têm se dedicado a entender quais mudanças ocorrem no cérebro a partir do momento que a pessoa insere a meditação na sua rotina. Em 2011, um estudo publicado na revista Psychiatry Research: Neuroimaging analisou 16 pessoas, com idade entre 25 e 55 anos, participantes do programa de treinamento voltado à redução de estresse do professor de medicina norte-americano Jon Kabat-Zinr.
A equipe examinou o cérebro dos voluntários antes e depois dos oito encontros, em que aprenderam exercícios para desenvolver a atenção plena (mindfulness), além de compará-los com integrantes do grupo que não havia passado pelo treinamento.
Os pesquisadores notaram que as pessoas sem o treino não sofreram alterações no órgão. Porém, naqueles que receberam a capacitação, a massa cinzenta se desenvolveu em várias regiões. Com isso, os cientistas concluíram que a meditação melhora a capacidade de regular emoções, controlar o estresse e sentir empatia por outras pessoas.
Texto: Vitor Manfio/Colaborador – Edição: Victor Santos
Consultoria: Daniela Carmona, professora de meditação e idealizadora e coordenadora do espaço Quintal da Yoga, de São Paulo (SP);