A rotina frenética dos adultos costuma estar acompanhada da ansiedade. Porém, as crianças e jovens também podem estar propensos a desenvolver um transtorno de ansiedade dependendo do ambiente em que vivem e suas rotinas.
Em diferentes fases da vida
“Já chegamos? E agora pai, já chegamos?”. Por esse lado, da falta de paciência em crianças, a ansiedade infantil pode ser um problema para os pais.
Com a chegada da adolescência, aparecem mais responsabilidades, decisões importantes para o futuro surgem. Essas novidades e tarefas podem se transformar em casos de ansiedade, principalmente na época de prestar os vestibulares.
E, conforme a idade avança, a situação só tende a agravar. Afinal, quanto mais velhos, mais responsabilidades aparecem no dia a dia, o que deixa as pessoas propensas a desenvolver algum distúrbio ansioso se não souberem lidar com a correria.
Se já é bem complicado para um adulto enfrentar a ansiedade, imagine para uma criança. Como uma forma de estresse, a ansiedade também pode aparecer em fases mais jovens da vida. Segundo a psicóloga Luciana Kotaka, “algumas situações para crianças são diferentes dos adultos em função do estímulo ambiental ser distinto. Porém, elas podem ter sintomas que adultos também apresentam”.
Os motivos da ansiedade infantil podem variar de acordo a com “a personalidade ou por estarem expostas a determinados acontecimentos em sua vida, como frustrações, sustos, medos, agressões e bullying”, completa a psicóloga.
Alimentação e ansiedade
Como em muitas outras situações que envolvem a saúde da criança, a alimentação também pode ser um fator determinante em casos de ansiedade infantil. “Condimentos como pimenta e outros temperos, bem como estimulantes como cafeína e conservantes, tendem a aumentar níveis de ansiedade nas crianças”, explica o nutrólogo Hewdy Lobo Ribeiro. Além disso, as gorduras saturadas, encontradas em carnes, laticínios e industrializados, também podem influenciar negativamente.
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Consultorias: Cristiane Maluf Martin, psicanalista; Hewdy Lobo Ribeiro, nutrólogo e psiquiatra; Luciana Kotaka, psicóloga.
Texto e entrevistas: Giovane Rocha/Colaborador – Edição: Augusto Biason/Colaborador