Pode parecer um número absurdo, mas mais de um terço da população apresenta algum tipo de transtorno mental, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS). Um dos fatores que contribuíram para esse número foi o aumento da quantidade de problemas de saúde considerados distúrbios mentais na última atualização do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais, o livro guia de psiquiatras e psicanalistas. Desde 1952, ano da primeira publicação, esse número passou de 106 para 365.
Entre os distúrbios indicados no manual, há alguns menos conhecidos pela população – mas que possuem algumas características peculiares. Conheça três deles aqui:
Tricotilomania
O nome complicado remete a uma situação que pode ser comum: uma pessoa arrancando alguns cabelos. Principalmente mulheres podem perder alguns minutos alisando os fios e arrancando os que não as agradam, contudo, a situação pode ser crônica.
O transtorno faz com que arrancar os fios se torne uma compulsão – levando à perda significativa de cabelo. O indivíduo sente prazer na ação, e privar-se disso pode colocá-lo em grande tensão.
O transtorno ainda pode estar relacionado a outros problemas, como a tricofagia (ingestão de fios de cabelo) e os transtornos obsessivos compulsivos, como o TOC.
Piromania
O termo varia do grego pyr, que significa fogo, e define bem o transtorno. Quem é piromaníaco não consegue conter a vontade de provocar incêndios. Ele sente fascínio pelas chamas. Atear fogo ou testemunhar algo em chamas é motivo de grande prazer.
Alguns estudos indicam que quem sofre do distúrbio normalmente tem histórico de dependência ou abusos de álcool e outras drogas, porém não se sabe qual a relação exata entre os problemas.
Síndrome de Cotard
Também conhecido como síndrome do Cadáver Ambulante ou Delírio de Negação, o transtorno faz com que o indivíduo ache que está morto, seja no sentido concreto ou abstrato. Por exemplo, pode pensar que está sem sangue, com os órgãos apodrecendo dentro do corpo, chegando a negar sua própria existência e de outros ao seu redor em casos mais graves. A síndrome pode estar ligada às mesmas áreas do cérebro que são afetadas pela esquizofrenia, bipolaridade e depressão.
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Texto: Natália Negretti – Edição: Augusto Biason/Colaborador