A obesidade mórbida não gera somente problemas estéticos e de locomoção. O quadro também carrega consigo diversos distúrbios na saúde, sendo este um dos fatores que fazem da cirurgia bariátrica uma opção. Uma vez decidido ser feita a cirurgia, tais problemas devem estar controlados. “As doenças associadas devem ser controladas para diminuir riscos de complicações intra e pós-operatórias”, afirma o cirurgião do aparelho digestivo Alexandre Cruz Henriques.
Diabetes
O diabetes tipo 2 está estreitamente ligado ao excesso de peso. Estima-se que a cada 10 diabéticos tipo 2, 8 estão acima do peso. “O diabetes descompensado aumenta o risco de complicações cirúrgicas como retardo na cicatrização e aumento da chance de infecções, desse modo, é imperativo o seu controle antes da cirurgia”, salienta o endocrinologista Felipe Henning Gaia Duarte. Dessa forma, é fundamental o acompanhamento do endocrinologista, assim como outros especialistas capacitados a lidar com a doença.
Hipertensão
Estar fora do peso, muitas vezes, também indica ter a pressão alta. Dentre as doenças associadas à obesidade, a hipertensão é a que mais representa perigo para a cirurgia de redução de estômago, inclusive durante a operação, podendo até levar o paciente a óbito. “A hipertensão controlada deve ser sempre uma meta do cardiologista antes de liberar um paciente para qualquer cirurgia, visto que a hipertensão descontrolada pode aumentar o risco de complicações”, explica o cardiologista Hélio Castello.
Colesterol
O colesterol alto não influencia diretamente na cirurgia bariátrica, mas está relacionado à qualidade da saúde do paciente, sendo quesito para a liberação do procedimento. A alimentação saudável colabora bastante para o controle do mau.
Como controlar
A perda de peso a qual grande parte dos pacientes deve passar antes de se submeter à redução, por si só, já ajuda no tratamento das doenças associadas. Ao mesmo tempo, uma alimentação saudável e equilibrada combina com uma rotina de exercícios físicos são importantes para se alcançar o controle dos problemas.
Emagrecer
Na maioria dos casos de obesidade o paciente é orientado a perder cerca de 10% do seu peso antes da gastroplastia, um fato que colabora não somente para o sucesso da operação, mas também para a melhora da saúde como um todo. “A solicitação para perder 10% de peso no período pré-operatório fundamenta-se no fato de que colabora não somente para o sucesso da operação, mas também para a melhora da saúde como um todo. “A solicitação para perder 10% de peso no período pré-operatório fundamenta-se no fato de que com esta atitude o paciente demonstra sua disposição em mudar o hábito de vida. Além disso, por si só, a perda de peso melhora as doenças associadas”, explica Henriques. “Estudos mostram que a redução de 5% a 10% do peso antes da cirurgia está associada à diminuição da chance de complicações pós-operatórias que vão desde infecção, cicatrização dos pontos, alterações respiratórias, alterações de pressão arterial além de favorecer ao controle do próprio diabetes”, destaca Duarte.